Simepar prevê outono “típico” com variações de temperatura

 Simepar prevê outono “típico” com variações de temperatura

Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Já dizia a música de Sandy e Júnior: “outono é sempre igual, as folhas caem no quintal”. Pelo menos é o que se pode esperar da estação para 2023: condições típicas da época do ano, com manhãs e noites mais frias e variações bruscas de temperatura. O outono começa às 18h25 desta segunda-feira, 20 de março, e termina às 11h58 de 21 de junho de 2023.

Segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o primeiro dia da estação será ensolarado na maioria das regiões do estado. Em São Mateus do Sul, a mínima prevista é de 16ºC e a máxima de 27ºC.

“Alguns dias serão muito frios, intercalados com períodos aprazíveis e geada nas áreas mais altas das regiões Sul, Sudoeste, Centro Sul, Campos Gerais e Metropolitana de Curitiba”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib. As chuvas devem ter registros mais irregulares. “Estão previstos períodos de vários dias consecutivos de tempo seco, os chamados veranicos, e nevoeiros”, observa.

O outono paranaense caracteriza-se pela redução no volume de chuvas em relação ao verão. Isso acontece por causa do deslocamento de massas de ar frio e seco. Maio é o mês mais chuvoso, pois a direção predominante do vento médio do sul para o norte do continente favorece a entrada de sistemas de alta pressão atmosférica. Os maiores volumes de chuva ocorrem habitualmente nas regiões Sudoeste e Oeste. Os menores são registrados no Norte.

Ao longo da estação, as massas de ar frio e seco provenientes da Antártica e do sul da América do Sul avançam em direção ao Paraná, causando queda das temperaturas. Os valores médios mais baixos costumam ocorrer na Região Metropolitana de Curitiba, região central e no Sul.

AGROMETEOROLOGIA – O cenário climático é preocupante para a cultura do milho na segunda safra, principalmente nas lavouras implantadas fora do período de semeadura, indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Por exigir água e temperaturas elevadas, quanto mais tarde for semeado, mais suscetível o milho ficará a geadas ou estiagens durante os estádios fenológicos de floração e início da frutificação, quando os grãos ainda estão leitosos. O nível do dano à produtividade dependerá da intensidade dos eventos.

Já a cultura do trigo pode ser impactada pela redução das chuvas, principalmente nas fases de germinação, emergência das plantas e enchimento de grãos, bem como pela geada na fase de florescimento. Para evitar que seja prejudicada, recomenda-se ao agricultor seguir o ZARC.

Embora tenha ciclo mais curto, a cultura do feijão segunda safra também pode ser afetada negativamente pela seca e pelo frio, pois é sensível à geada e à restrição hídrica. Suscetíveis a baixas temperaturas, as hortaliças devem ser protegidas em caso de previsão de geadas. O mesmo vale para o cafeeiro, principalmente as mudas em viveiros e plantas com até dois anos no campo.

ALERTA GEADA – Na primeira semana de maio, entra em operação o serviço Alerta Geada, desenvolvido pelo IDR-Paraná e Simepar. São divulgadas as previsões de geadas e recomendações para proteção dos viveiros e lavouras cafeeiras recém-plantadas. Os informes abrangem todas as regiões do Paraná por categorias de intensidade de geada: fraca, moderada ou forte. As mensagens são disseminadas por celular e e-mail para usuários cadastrados, com antecedência de 72, 48 e 24 horas.

Com informações de Paraná Portal e AEN.

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