Quase metade dos lares paranaenses são sustentados por mulheres

 Quase metade dos lares paranaenses são sustentados por mulheres

Foto: Freepik

É cada vez maior no Paraná o número de mulheres que são as chefes de suas famílias, enquanto o número de homens responsáveis pelos lares paranaenses vem caindo. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2012 e 2021 houve crescimento de 65,7% no número de famílias chefiadas por elas. No mesmo período, o número de domicílios em que alguém do sexo masculino era identificado como o responsável caiu 9,2%, resultando num cenário em que praticamente metade dos lares do estado têm uma mulher no comando.

As informações, extraídas da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), revelam que o Paraná somava 3,51 milhões de domicílios há 11 anos, número que em 2021 havia alcançado a marca de 4,01 milhões (crescimento de 14,3%). Em 2012, porém, os homens eram os responsáveis por 2,41 milhões de lares (68,6% do total) e as mulheres, por 1,1 milhão (31,4%). Nove anos depois, eles são os chefes em 2,18 milhões de lares (54,5% do total), enquanto elas chefiam 1,8 milhão de domicílios (45,5%).

Em Curitiba, o equilíbrio entre os gêneros é ainda maior nos lares. Em 2012, 373 mil dos 607 mil domicílios curitibanos (61,5% do total) eram chefiados por homens e apenas 234 mil (38,5%) tinham uma mulher como responsável. Em 2021, quando já haviam 712 mil domicílios na capital paranaense, já eram 362 mil lares (50,8% do total) chefiados por eles e 350 mil (49,2%), por elas.

Mãe, pai, dona do lar, trabalhadora… Tudo em uma só

Considerando-se as diferentes espécies de unidades domésticas, temos que as famílias nucleares são as mais comuns no Paraná, presentes em 72,8% dos domicílios. Essa categoria, contudo, engloba não só um único núcleo formado pelo casal, com ou sem filhos (inclusive adotivos e de criação) ou enteados, mas também as unidades domésticas monoparentais, compostas por mãe com filhos (ou pai com filhos). E nos últimos anos, houve um expressivo aumento no número de domicílios com um arranjo domiciliar nuclear em que a mulher era a responsável pelo lar, o que indica, também, um aumento no número de mulheres que cuidam sozinhas da família.

Em 2012, por exemplo, haviam 656 mil unidades domésticas desse tipo chefiadas por mulheres no estado, número que subiu para 1,26 milhão nove anos depois – uma alta de 92,5%.

Número de mulheres morando sozinhas ou com algum parente também cresce

A PNAD Contínua também identifica outros arranjos domiciliares, indicando que o número de mulheres que moram sozinhas cresceu nos últimos anos. Em 2012, por exemplo, o número de lares unipessoais (compostas por apenas um morador) femininos teve crescimento de 23,4% no Paraná, passando de 209 domicílios para 258 mil em 2021.

Da mesma forma, o número de arranjos domiciliares estendidos (constituída pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear) também avançou, registrando alta de 36,2%. Há onze anos, haviam 210 mil lares desse tipo chefiados por mulheres no Paraná, número que chegou a 286 mil dois anos atrás.

Já o número de domicílios compostos – aqueles constituídos pela pessoa responsável, com ou sem parente(s), e com pelo menos uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado(a), pensionista, convivente, empregado(a) doméstico(a) ou parente do empregado(a) doméstico(a) – em que a mulher era responsável pelo lar teve queda de 36%, passando de 25 mil para 16 mil no período analisado.

Com informações de Bem Paraná.

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