Colheita do trigo é lenta no Paraná, por conta do período de chuvas intermitentes em todo Estado

 Colheita do trigo é lenta no Paraná, por conta do período de chuvas intermitentes em todo Estado

Trigo, região de Tibagi Foto Gilson Abreu/AEN

O período chuvoso, conforme divulgou o Governo do Estado do Paraná, impede o avanço da colheita do trigo na última semana. Especula-se, por conta disso, piora na qualidade dos grãos ainda nãos colhidos e mudança no preço. As informações estão no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, referente ao período de 14 a 20 de outubro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral).

O departamento é ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) e informa que 7% das lavouras de trigo estavam em condições ruins, na semana anterior. “Agora, esse percentual subiu para 12%, com redução de 69% para 60% daquelas consideradas boas e aumento de 24% para 28% das que estão em situação mediana”, segundo o relatório apresentado.

“Devido às chuvas, a colheita evoluiu apenas 4 pontos percentuais durante a semana, chegando a 54% da área. O ritmo é bastante lento, apesar de cada vez mais lavouras estarem plenamente maduras. No ano passado, nesta mesma 42ª semana, a área colhida já chegava a 74%”, explica o Deral. Enquanto isso, a previsão é de tempo sem chuva entre sábado e quarta-feira da próxima semana.

Sendo confirmado esse período sem chuvas, será a melhor janela de trabalho nas culturas de inverno desde meados de agosto, segundo a SEAB. Assim deve ser de atividade intensa nas lavouras tanto em pulverizações, dessecações e, principalmente, colheitas do trigo. Além de possibilitar uma melhor avaliação da intensidade dos problemas até agora, tanto em volume quanto em qualidade do grão.

Ainda, segundo o documento, as lavouras de soja e milho também apresentaram leve piora nas condições de campo. “No entanto, ainda permanece a projeção de boa safra para ambas as culturas’, cita a divulgação. “A primeira safra de feijão do Paraná deve render 243 mil toneladas. Dos 122 mil hectares, 60% já estão semeados, com previsão de se concluir até o final de outubro”, acrescenta.

O cenário de excesso de chuva e as baixas temperaturas tem atrapalhando o plantio e o desenvolvimento das lavouras. Não tem ainda uma estimativa exata de quanto foi plantado e as reais condições das áreas plantadas nessa avaliação. Na região Sul, isso se intensifica com maior atraso pela permanência por maior período chuvoso, o que pode impedir o plantio de uma segunda safra.

Da redação com informações do Deral/SEAB e imagem AEN/Gilson Abreu

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