EUA deve flexibilizar plantio agrícola em áreas de programa de conservação de reservas

 EUA deve flexibilizar plantio agrícola em áreas de programa de conservação de reservas

De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), produtores em seus últimos anos de contrato com o programa de conservação de reservas (CRP na sigla em inglês – Conservation Reserve Program) poderão ampliar áreas de plantio, justamente nesses territórios. Dados da Embrapa mostram uso agropecuário de quase 75% do território estadunidense, enquanto o Brasil usa pouco mais de 30%.

O anúncio dessa possível flexibilização em programas de Incentivos à Qualidade Ambiental (EQIP) e de Manejo de Conservação (CSP) ocorre pela perspectiva de redução da produção de alimentos por conta da Guerra na Ucrânia. A invasão russa em território ucraniano deixa em voga a possibilidade de menor plantio e safras prejudicadas em ambos os países envolvidos, reduzindo a quantidade produzida e oferta mundial.

O USDA cita permissão no quesito de solicitação dos agricultores locais. Na prática isso significa que os produtores rurais poderão plantar em áreas da programação federal de conservação, sem penalidade. A invasão russa, conforme o departamento, terá influência sobre a oferta mundial de trigo, milho, cevada, oleaginosas e óleo de cozinha. Ajudar a responder às necessidades globais de alimentos é a justificativa estadunidense.

Num comparativo com o Brasil, nesse ínterim segundo especialistas, é de que a permissão, caso concedida efetivamente, é proporcional à autorização para agricultores brasileiros plantarem em suas Áreas de Preservação Permanente (APPs). A diferença é nos Estados Unidos, conforme dados do próprio USDA, paga para alguns agricultores deixarem de produzir em áreas como margens de rios, encostas e entorno de nascentes.

Para isso têm contratos de dez a quinze anos e, com a nova medida, os produtores em final de contratação no programa de conservação teriam as áreas liberadas para o plantio. Ao passo que o Brasil segue levando o conceito de ser um país que destrói a natureza e não conserva o meio ambiente. Mesmo a lei brasileira sendo eficiente e tendo mais de 65% do território preservado ante a menos de 20% dos Estados Unidos.

Da redação com informações do USDA, Embrapa e legislação brasileira e imagem do USDA

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