Guerra na Ucrânia gera apreensão na compra de fertilizantes, bloqueados em porto da Lituânia

 Guerra na Ucrânia gera apreensão na compra de fertilizantes, bloqueados em porto da Lituânia

A Embaixada da Bielorrússia comunicou a impossibilidade de fornecer fertilizantes para o Brasil, por conta de bloqueio feito pela Lituânia. O país do Leste europeu faz divisa com Rússia e Ucrânia, estando envolvido no conflito por teoricamente facilitar a entrada de russos pelo seu território, num trajeto mais curto até a capital Kyiv. A medida impacta a agricultura brasileira que pode comprar de outros locais.

“Os fertilizantes bielorussos ocupam 20% do mercado no Brasil e seu fornecimento foi interrompido devido ao bloqueio do trânsito da Lituânia através de seu território até o porto de Klaipeda (Lituânia), que tem sido historicamente utilizado para enviar fertilizantes potássicos de Belarus para o Brasil”, explicou a Embaixada da Bielorrússia em comunicado sobre o assunto, nesta terça-feira (01/03).

Brasileiros compram potássio bielorusso e diplomatas estudam o impacto da medida no Brasil, maior importador mundial, com cerca de 13% de todo o volume comprado no mundo. A falta pode encarecer o preço e levar à falta no mercado interno, sobretudo há busca por outros fornecedores, como Canadá e Irã. Os estoques não são suficientes para suprir os quantitativos necessários na agricultura brasileira.

Inclusive, já há baixa na atividade portuária paranaense, tanto para exportar cereais quanto para comprar produtos para a agricultura. O Paraná é a principal porta de entrada dos fertilizantes no País, por isso a administração dos portos paranaenses acompanha o momento de tensão no Leste Europeu, com atenção. Havendo preocupação com o segmento dos granéis de importação, especialmente dos adubos.

Das 11,5 milhões de toneladas importadas de fertilizante no ano passado, cerca de 2,35 milhões, mais de 20%, tiveram origem na Rússia, segundo a administração portuária. Somando ao problema da Bielorrússia, os russos também usam porto da Lituânia e estão diante de sanções internacionais por conta da invasão na Ucrânia. Diante desse cenário, a agricultura brasileira carece de soluções efetivadas.

Da redação com informações da AEN, Embaixada Bielorrússia e portais e imagem: Cláudio Neves/Portos do Paraná

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