Estados do Sul e Mato Grosso do Sul planejam ação conjunta para melhorar infraestrutura
Os governadores Carlos Massa Ratinho Junior (Paraná); Carlos Moisés (Santa Catarina); o vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior; e o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, se reúnem em Chapecó (SC) para a primeira reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul compõem o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul). Uma agenda entre gestores e representantes dos quatro estados, nesta segunda-feira (21/03) e em Chapecó (SC), tratou de planejamento de projetos conjuntos para melhorar a infraestrutura da região, com destaque para os modais rodoviários e ferroviários.
Na primeira reunião do ano desse bloco, os governadores do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior; e de Santa Catarina, Carlos Moisés; o vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Junior; e o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, abordaram o tema. Eles assinaram a criação de grupo de trabalho conjunto.
O Planejamento Integrado de Rodovias e Ferrovias do Codesul vai concentrar ações para a integração logística entre os estados, sobretudo pela força do agronegócio. O projeto de maior envergadura nessa área é a Nova Ferroeste, ligação entre Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá, com planos para criar um ramal interligando Cascavel e Chapecó, cidades do Oeste paranaense com o Meio-Oeste catarinense.
A ferrovia terá 1,3 mil quilômetros de extensão e investimento previsto de R$ 30 bilhões, com previsão de audiências públicas em abril e liberação da licença prévia no final de maio. Seguido de leilão na Bolsa de Valores, ainda neste semestre. O Mato Grosso do Sul depende muito do porto de Paranaguá e é também um grande fornecedor de matéria-prima para a produção de proteína animal.
Paraná e Santa Catarina respondem por 70% da carne de porco e de frango exportada pelo Brasil. Segundo o estudo de viabilidade técnica, a Nova Ferroeste terá capacidade de transportar 38 milhões de toneladas de produtos já no primeiro ano de operação plena, tornando-se o segundo maior corredor de exportação de grãos e de proteína animal do País, atrás apenas da malha paulista.
Com o novo traçado entre o Mato Grosso do Sul e o Paraná, Santa Catarina também prevê ampliação de sua malha ferroviária, de Leste a Oeste do Estado e entre os portos de Itajaí e Araquari. “É uma visão de futuro para Santa Catarina. Com a conexão entre Cascavel e Chapecó, vamos começar a trabalhar com projetos de Chapecó até o Planalto Serrano de Santa Catarina, formando um importante corredor Leste-Oeste”, explicou Carlo Moisés.
Grande exportador de grãos, o Mato Grosso do Sul não tem saída para o mar e conta com a integração logística com os outros estados para o acesso ao mercado internacional. A competitividade passa necessariamente pela redução dos custos de transporte, e o foco é a ferrovia. A Nova Ferroeste passará pela maior região produtora do Estado, 60% da produção está no eixo da ferrovia.
Da redação com informações e imagem da AEN
