Jovem morre afogado em pedreira desativada; “achamos que era brincadeira”, diz amigo

 Jovem morre afogado em pedreira desativada; “achamos que era brincadeira”, diz amigo

Foto: Antonio Nascimento – Banda B

Um jovem, de 23 anos, conhecido como “Peixe”, morreu afogado na tarde deste sábado (15), em uma pedreira desativada no bairro Butiatuvinha, em Curitiba. O corpo de Marcelo Conceição foi encontrado pelos mergulhadores do Grupo de Atuações de Socorro Tático (GOST) somente no fim da manhã deste domingo (16).

De acordo com o amigo da vítima, Emerson Poli, o rapaz havia se mudado para Curitiba há uma semana para trabalhar no ramo da construção civil.

“Ele estava há uma semana aqui. Nós viemos tomar um banho, nos refrescar um pouco e aconteceu esse fato. A gente estava nadando e, do nada, ele afundou e não voltou mais”

Poli afirmou que ele e os demais colegas acharam que era uma brincadeira.

“Ele queria atravessar a represa e de repente afundou e não voltou mais. Nós achamos que ele estava fazendo uma brincadeira ou coisa parecida. Faz mais de dez anos que eu frequento esse lugar e nunca ocorreu nada”, lamentou.

Corpo submerso

O cabo Trindade, mergulhador do GOST, afirmou que o trabalho foi intenso, porque o local é de difícil acesso. Além disso, as águas, que já são turvas, ficaram mais escuras em razão do temporal que atingiu Curitiba.

“Nós chegamos aqui às 17h, no meio do temporal, estava chovendo muito e dando bastante raio. Aguardamos passar a tempestade e iniciamos o mergulho, por volta das 18h. Ficamos na água até às 19h20, sem sucesso, e retornamos hoje pela manhã”, ressaltou.

Segundo o cabo Trindade, a lagoa da pedreira é bastante perigosa e não é recomendado o banho.

“É bem irregular, tem um tonel como se fosse um caminhão-tanque, e é bem perigoso. Ele fica próximo de onde o pessoal pula. Pode ser que o rapaz até tenha batido nele, mas não podemos afirmar ainda. A visibilidade ali da água é de um metro, no máximo, em alguns pontos”, detalhou o cabo.

Propriedade particular

A pedreira desativada é uma propriedade particular. O acesso é restrito e é proibido banhar-se no local. Mas, conforme José Nilton, que faz a segurança, muita gente não respeita as regras.  

“A nossa equipe de segurança toma conta 24 horas e não permitimos a entrada de ninguém, porque é área restrita, mas eles entram pelos fundos. É proibido tomar banho, porque é perigoso. A equipe de segurança orienta, mas eles xingam e não respeitam. Aí acontece uma fatalidade dessa”, disse.

Da redação com informações Banda B

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