Reviravolta no caso de assédio na Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul

 Reviravolta no caso de assédio na Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul

Em fevereiro, veio à tona uma denúncia envolvendo possível caso de assédio sexual na Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul, que chegou ao conhecimento do Ministério Público. Segundo os dados que foram repassados nas redes sociais e meios de comunicação na época, o assédio aconteceu verbalmente entre um vereador e uma funcionária terceirizada do ramo de serviços gerais durante uma conversa. A funcionária estaria grávida na época e teria procurado a Polícia Civil para fazer a denúncia.

O crime cometido seria o descrito no artigo 216-A do Código Penal: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.” Por envolver crime sexual, o processo correu em segredo de justiça e nomes não foram revelados.

Mesmo não sendo divulgado, ao longo de mais de 16 minutos no dia 27 de fevereiro, o vereador Omar Picheth citou o seu trabalho de vereador durante a sessão, diante da defesa de um legado político desde 2002, herdado de seu pai, Miguel Ribeiro Picheth. “Estou aqui na tribuna hoje porque fui difamado. E com muita veemência eu digo a todos: mentira!” Para ele, a envolvida desse caso teria sido influenciada por outra pessoa, sem citar nomes. Fatos que, segundo Picheth, a Justiça iria resolver.

Picheth frisou na ocasião, acreditar na justiça. Nesta terça-feira (23), houve uma reviravolta no caso. A “vítima” fez uma publicação em uma de suas redes sociais, afirmando que o fato tomou proporções indesejadas e que o caso foi usado indevidamente para questões políticas, trazendo prejuízos para todos os envolvidos principalmente a ela e o vereador. Confira a nota que a “vítima” do caso publicou em sua rede social:

“Olá pessoal, por conta dos fatos em que estive envolvida nos últimos meses, venho aqui para fazer alguns esclarecimentos. A situação tomou uma proporção totalmente indesejada e o meu caso acabou sendo indevidamente utilizado para questões políticas, trazendo prejuízos para todos os envolvidos, especialmente para mim e para o vereador Omar Picheth. Entretanto, esclareço que todo mal-entendido já foi resolvido e, por isso, informo que não tenho mais interesse em dar continuidade a essa situação e não desejo que nenhuma providência seja tomada sobre o caso em questão. Quero apenas colocar fim no assunto. Peço desculpas a todos que tenham se sentido prejudicados. Agradeço pela compreensão e encerramos o assunto por aqui.”


A equipe de jornalismo do Porta Cultura Sul entrou em contato com o vereador Picheth sobre a nota divulgada e se gostaria de falar algo sobre o assunto. Em resposta, ele explicou que foi orientado pelo seu advogado a não falar detalhes sobre o caso, mas que segue acreditando nas instituições e na justiça.

Quando indagado sobre a fala da nota que cita que o caso foi utilizado por questões políticas, se teria algum político que teria interesse em lhe prejudicar, ele respondeu: “Creio que bastante, mas vou processar por calúnia, difamação e injúria.” O vereador ainda foi questionado se sabe por que outro político teria motivos para tentar lhe denegrir. “Não tenho ideia, mas faz parte. Tenho consciência tranquila, limpa e cristalina.”

O Portal Cultua Sul deixa o espaço aberto para todas as partes envolvidas se manifestarem.

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