Cinco anos sem Olisses Bacil: legado permanente na memória do povo

Figura emblemática quando se fala em animação no rádio e em ter pessoas ao seu redor. Seja em um programa aos domingos pela manhã na Rádio Cultura Sul FM, da qual fez parte desde o início dos anos 2000, junto dos amigos Argos Fayad e Zeca Machiavelli, ou em festividades e eventos com familiares ou amigos. Contudo, infelizmente, no dia 10 de abril de 2018 teve complicações em uma cirurgia no coração e não resistiu.

Passaram-se cinco anos do seu falecimento. Em vida, construiu um legado registrado por uma atividade política iniciada em 1982, quando a filha Élica estava com dois anos de vida e quase um ano antes de Emerson nascer. O mapa de nº 253, datilografado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), colocava Olisses, aos 24 anos completados em 4 de junho, e residente na Meia Lua, como um dos vereadores eleitos por São João do Triunfo.

A posse foi no dia 1º de fevereiro de 1983, no mandato de Luciano Micharki. A tristeza foi pela derrota do padrinho, Elias Hauagge, por 258 votos para o cargo de prefeito. Seis anos mais tarde, Olisses se tornou o vereador mais votado e presidente da Câmara, cujo fato político, somado a sua popularidade, credenciaram-no a ser candidato a vice-prefeito em 1992, mas permanecia morando na Meia Lua.

Só mudou para a cidade, com os filhos e esposa, em 1994. Um ano antes, depois de vencer o pleito ao lado de Elias Hauagge em 1992, tornou-se prefeito por conta da morte do padrinho num acidente de trânsito. Sendo ele o vice-prefeito, sobe ao posto de chefe do Executivo Municipal e passa a comandar o município. Fato que repete, pelo voto e, desta vez, como candidato a prefeito, nos anos 2000.

A vida fica marcante, os programas de rádio rotina, mas não consegue a reeleição em 2004. Depois, ainda, concorre em 2012, mas sem êxito. Não por ter perdido a confiança do povo, mas pelo fato de, politicamente, não conseguir transformar em votos o prestigio construído e mantido diante das pessoas. Olisses era visto como amigo de todos, brincava e animava o dia a dia dos cidadãos.

Mesmo assim, manteve-se na vida pública, fazendo a alegria do Papai Noel para as crianças, independentemente de estar na política ou não. Na verdade, Olisses possui uma trajetória de diversas ações e participações comunitárias.

No dia 10 de abril de 2018, um dia após sua internação, partiu para a cirurgia e disse ao filho Emerson e a esposa Anastácia: “não fiquem preocupados, logo estarei com vocês de novo.”

Emerson lembra da cena e do diálogo, mas não imaginava ter sido o último. Horas mais tarde, recebeu a notícia do sucesso do procedimento cirúrgico. No entanto, algum tempo depois, surge a complicação pós-operatório que leva a vida de Olisses. Um choque para a família e um espírito de consternação para todos os seus conhecidos e familiares devido a sua partida aos 59 anos e 10 meses.

A intervenção médica era para colocar uma ponte de safena, porém houve complicação do quadro, por conta de hemorragia e de sucessivas paradas cardíacas. Um pouco antes das 23h, seu falecimento foi confirmado pela equipe de médicos que o atendia. De lá para cá, nesses cinco anos passados, apesar da saudade deixada, o legado construído permanece firme e sua história sempre será lembrada.

Em 2018, Emerson foi eleito deputado estadual, confirmando a representatividade política da família Bacil, num fato inédito. Élica se tornou diretora da Rádio Cultura Sul FM e, em meio à saudade, preserva os valores aprendidos do pai. E Anastácia mantém vivo na memória os momentos alegres e de luta dos mais de 40 anos de convivência, desde quando conheceu Olisses, em junho de 1977. A memória de Olisses segue viva, entre todos os familiares e amigos da família.

Da redação.

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