Enem deve mudar e ser adequado ao novo ensino médio, conforme reforma da etapa de ensino

 Enem deve mudar e ser adequado ao novo ensino médio, conforme reforma da etapa de ensino

A mudança no sistema educacional iniciou em março deste ano. Para tanto, o Ministério da Educação (MEC) divulgou as principais mudanças que deverão ocorrer no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2024. O exame passará a ter uma primeira prova voltada para conhecimentos previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e redação e uma segunda.

No caso da redação, essa será voltada para a formação específica que os estudantes receberão no ensino médio. As alterações estão previstas em parecer do Conselho Nacional de Educação CNE e foram discutidas também com vários atores, como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), onde se reúnem os secretários estaduais de Educação, onde está matriculada a maior parte dos estudantes.

A mudança no Enem tem como prerrogativa central ser adequado ao novo ensino médio, que reformou o currículo dessa etapa de ensino com previsão desse novo modelo ser aplicado a partir de 2024. A Agência Brasil divulgou alguns posicionamentos de especialista sobre o assunto, visando ampliar essa gama de informações e colocar os diversos entendimentos sobre o novo sistema a ser implantado.

“Nós temos uma mudança tão grande se aproximando e a escola precisa saber, sem sombra de dúvida, exatamente o que vai ser exigido dos seus estudantes. Isso é muito urgente”, diz o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais Chico Soares. “Isso é um tema que tem que ser tratado logo no início da nova gestão. Existem diferentes soluções, mas não temos solução que seja aceita por todos os atores desse debate”.

Soares é ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e é também ex-membro do CNE, onde foi um dos relatores da chamada BNCC, documento que define o mínimo que deve ser ensinado nas escolas em todas as etapas de ensino. Ele considera, a mudança ser uma oportunidade de o país revisar o que é ou não necessário para o aprendizado nas escolas.

O novo ensino médio começou a ser aplicado este ano no país. Nos novos currículos escolares, parte das aulas será comum a todos os estudantes do país e direcionada pela BNCC. Na outra parte da formação, os próprios estudantes poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado. As opções permitem ênfase em áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino técnico.

No primeiro dia de prova do Enem, a ideia é que as questões sejam interdisciplinares, ou seja, abordem mais de uma área de conhecimento, e o principal foco seja em português e matemática. A prova de inglês também será integrada às demais áreas. Já a segunda etapa do exame será voltada para a formação específica que os estudantes receberão no ensino médio. Permitindo ampliar as escolhas dos candidatos.

Da redação com informações e imagem da Agência Brasil

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