Parte do armamento furtado do Museu de Armas da Lapa é recuperado pela PM após denúncia

 Parte do armamento furtado do Museu de Armas da Lapa é recuperado pela PM após denúncia

Na manhã deste domingo (31/07) foi informado o arrombamento do espaço, anexo à Câmara de Vereadores da Lapa, e o furto de armas relacionadas ao Cerco da Lapa. No final da tarde e início da noite, a Polícia Militar (PM), por meio do 28º Batalhão, informou a recuperação de parte do artefato histórico relacionado à ocorrência da madrugada. O material foi localizado após uma pessoa revelar o local onde estariam escondidos os objetos.

Segundo revelou a própria Polícia, a equipe foi abordada por uma senhora informando saber onde estariam os armamentos roubados do Museu das Armas da Lapa, neste domingo. Ela havia recebido a informação do furto e indicou o local onde os materiais históricos estariam escondidos. No lugar indicado, um barraco nos fundos, uma pessoa havia escondido e, supostamente, teria o objetivo de fugir da cidade.

A mulher disse não ter visto o armamento. Fato que os policiais se depararam, nesse barraco, com duas metralhadoras e duas carabinas enroladas numa coberta. Em outro cômodo foi achado um revólver e três caixas com munições. Após outras buscas nada mais foi encontrado. Os objetos históricos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil. Não há informação sobre a espada e outro revólver furtados, e nem consta na imagem divulgada.

Esses artefatos fazem parte do Cerco da Lapa, um episódio militar envolvendo o Exército Brasileiro, a Guarda Nacional, a Polícia Militar do Paraná e voluntários. Isso, durante a Revolução Federalista no início de 1894, quando a cidade de Lapa se tornou arena de um sangrento confronto entre as tropas republicanas, os chamados pica-paus (legalistas), e os maragatos (federalistas), contrários ao sistema presidencialista de governo.

Os legalistas resistiram ao cerco por 26 dias, mas sucumbiram pela falta de munição e comida, com a morte do General Carneiro. Essa batalha deu ao Marechal Floriano Peixoto, chefe da República, tempo suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas. Ao todo foram 938 homens entre forças regulares e civis voluntários, lutando contra as forças revolucionárias formadas por três mil combatentes.        

Imagens Divulgação/Prefeitura da Lapa/28°BPM

Últimas notícias