Santa Catarina é o Estado maior produtor de cebola no Brasil, com 30% da produção nacional

 Santa Catarina é o Estado maior produtor de cebola no Brasil, com 30% da produção nacional

A produção de 495.995 toneladas de cebola na safra 2021/22, mantém o Estado de Santa Catarina como o maior produtor de cebolas no país, respondendo por cerca de 30% do total nacional. Segundo Jurandi Teodoro Gugel, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, a safra se encerrou com produtividade média de 28.396 kg/hectares (ha), numa área plantada de 17.467 ha.

A cebola responde pela injeção de R$ 914,58 milhões na economia catarinense, valor faturado pelos agricultores com a venda da atual safra e fazendo a economia girar, principalmente nas regiões produtoras. A safra 2021/22 foi 27,19% superior ao ciclo 2020/21 na produção total e registrou 26,94% em ganho de produtividade, segundo os dados divulgados pela Epagri/Cepa.

O analista da Epagri explica que o aumento se deve não a uma elevação, mas sim à retomada da normalidade na produção de cebola, superando as perdas verificadas na safra anterior, decorrentes das condições climáticas. “É uma volta ao patamar histórico de produção do Estado”, destaca o analista. Mesmo com a estiagem verificada recentemente, houve água disponível para irrigação, permitindo a recuperação dos padrões históricos.

A produção teve boa qualidade e tamanho aceitável pelo mercado. Aliada à qualidade sanitária dos bulbos, a capacidade de armazenagem instalada nas propriedades catarinenses, permitindo o comércio por período mais longo. Jurandi avalia que, até o final de maio, toda a cebola catarinense esteará distribuída para o mercado nacional. “De fevereiro a abril, Santa Catarina é o único estado fornecedor de cebola do Brasil”, cita.

Em média, se paga R$ 2,05 pelo Kg do produto, segundo a Epagri/Cepa. A estimativa do custo médio de produção ficou em R$ 1,57. A queda nas importações é outra boa notícia. “Em 2021, o país importou 116,96 mil toneladas de cebola, volume 40,85% menor que no ano de 2020”, explica o analista. Em 2022, as compras do exterior seguem caindo, sobretudo pelo câmbio desfavorável e encarecimento do transporte internacional.

Da redação com informações e imagens da Epagri/Governo de Santa Catarina

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