Presidente da Ucrânia salva fiasco de Joe Biden e evita tomada do governo pelos russos

 Presidente da Ucrânia salva fiasco de Joe Biden e evita tomada do governo pelos russos

O fato de ter permanecido na capital Kyiv e mantido a resistência frente aos ataques russos fez de Volodymyr Zelensky um dos grandes líderes mundiais do tempo contemporâneo, segundo analistas de política externa ao redor do mundo. Ao menos no Ocidente (Europa e América) essa é a avaliação feita sobre o presidente ucraniano. Diferente de outros líderes, ao ser atacado liderou a Ucrânia perante à Rússia.

Inclusive, declaração recente de autoridade estadunidense, cita a possibilidade até de os ucranianos ganharem a guerra, apesar da perspectiva de extensão do conflito, ainda por longo período. Enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse nesta quinta-feira (07/04), que o país vai solicitar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) o envio de mais armamento.

Num comparativo recente, em 15 de agosto de 2021, o grupo extremista Talibã tomou a capital do Afeganistão, Cabul, e retomou o controle do país 20 anos depois de ter sido expulso por tropas estadunidenses. Na ocasião, o presidente Ashraf Ghani, e seu vice, Amrullah Saleh, fugiram do país e suas forças de segurança ficaram sem o líder e mesmo com recursos disponíveis ofereceram pouca resistência e se renderam.

No caso da Ucrânia, após iludir Zelensky e pregar o golpe do vigário sobre entrada na Otan, o presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Joe Biden ofereceu auxílio para retirar o presidente ucraniano de Kyiv. Rapidamente o mandatário ucraniano respondeu que ‘não precisava de carona’ e, vestido de verde oliva igual o seu exército, conclamou por resistência e distribuiu armas para o seu povo.

Analistas entendem que essa postura de Volodymyr Zelensky foi o grande propulsor da resistência e teve reflexo direto nos ucranianos. Os civis e exército acabaram fortalecidos pela decisão de seu presidente. Muito respeitado e ativo nas redes sociais, plantou sua narrativa no meio ocidental e redes sociais. Assim, sendo o ícone da resistência e, salvando a reputação inclusive de Joe Biden.

Mesmo assim, o presidente dos EUA se mantém mal avaliado no país. Enquanto o mandatário russo, Vladimir Putin, reposicionou suas tropas, mas bateu em retirada da região periférica da capital ucraniana, onde os russos deixaram marcas de atrocidade e crimes contra civis, expostos na mídia mundial. A Rússia não conseguiu tomar Kyiv e nem derrubar o governo, o que era a expectativa dos especialistas.

Isso porque a diferença de poderio militar repercutia numa invasão e tomada em poucas semanas, contando com baixa resistência. Mas a defesa ucraniana, teoricamente destruindo linhas de suprimentos e atacando blindados, surtiu efeito, associado ao seu líder Zelensky. Mesmo tendo de ceder em alguns pontos num acordo, o presidente da Ucrânia catalisou para si o retrospecto de liderança e resistência.

Mesmo que futuramente o presidente seja deposto, ou até morto pelos russos, o entendimento de diversos analistas é de que a Ucrânia pode até ter seu território tomado, mas conquistar o povo e ter domínio político está totalmente descartado. Isso pela ação de defesa encabeçada por Volodymyr Zelensky e espírito nacionalista criando no povo, mesmo considerando existir certa narrativa projetada.

Da redação com informações de agências internacionais, governos e portais e imagem reprodução presidência da Ucrânia

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