ONU aprova resolução contra invasão russa, sendo o voto do Brasil um dos 141

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, falou com a imprensa, após a aprovação, na sede da entidade em Nova York. A reunião serviu para a aprovação da resolução contra invasão russa na Ucrânia. “O povo da Ucrânia necessita desesperadamente de paz”, disse Guterres. “As pessoas de todo o mundo pedem paz.”

O chefe das Nações Unidas elogiou a agilidade mundial para respondeu à Ucrânia e comemorou a aprovação da resolução, com a grande maioria da Assembleia Geral. Foram 141 votos a favor, tendo o Brasil votando ao lado de Estados Unidos da América, União Europeia e demais países. Foram apenas cinco votos contra (Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritréia, Síria).

Além disso, 35 nações não votaram nem a favor e nem contra. Entre as abstenções estão China, Índia e África do Sul. Para o Embaixador brasileiro, Costa Filho, a paz precisa mais do que a resolução da ONU. Apesar de ser um apelo à comunidade internacional, segundo o diplomata, o caminho para a paz “requer um trabalho mais abrangente.”

“O Brasil continua a exortar todos os atores a desescalar e renovar os esforços em favor de um acordo diplomático entre a Ucrânia e a Rússia para o restabelecimento da segurança e da estabilidade da região”, observou Costa Filho. O texto da resolução aprovada na ONU “deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia”.

Apesar de que ela é não vinculante, e não obriga e nem determina os países a fazer nada. Contudo, sua importância existe no campo político em que, segundo analistas internacionais, mostra como a maioria dos países vê a invasão promovida pelo presidente russo Vladimir Putin.

Também, a maioria da comunidade internacional acusa a Rússia de violar o artigo 2 da Carta das Nações Unidas, que pede aos seus membros para não recorrer a ameaças ou à força para solucionar conflitos.

Da redação com foto reprodução da ONU.