Bolsonaro viaja para Rússia e trata de assuntos relativos ao Brasil com Putin

 Bolsonaro viaja para Rússia e trata de assuntos relativos ao Brasil com Putin

Um dos assuntos mais comentados no mundo, nesta terça-feira (15/02), é o desembarque do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Rússia. Isso porque há o emite risco de invasão dos russos na Ucrânia, numa crise internacional com reflexos em diversas esferas globais. Incomodando mandatários de países como os Estados Unidos da América pelo fato de os brasileiros poderem negociar com Moscou.

O encontro entre Bolsonaro e o presidente russo, Vladimir Putin, está previsto para amanhã quarta-feira (16/02). O presidente do Brasil deve desembarcar em território russo no meio da tarde desta terça-feira. Sobretudo, a agenda é uma oportunidade, de acordo com especialistas, para estreitar a relação comercial e política entre os brasileiros e a Rússia, se aproveitando da oportunidade de momento.

Com a eleição de Joe Biden, a relação entre o Brasil e os Estados Unidos esfriou. Antes havia um alinhamento com Donald Trump. Disso a oportunidade para a Rússia negociar com os brasileiros, bem como discutir política internacional. Os especialistas russos descrevem que Bolsonaro é pouco conhecido por lá, mas para Putin essa agenda pode ser positiva, sobretudo construindo parceria com os brasileiros.

Enquanto isso, outros especialistas apontam que a ida de Bolsonaro à Rússia, num momento de crise diplomática entre russos e a Ucrânia e sob apelo contrário dos Estados Unidos, mostra que há essa independência brasileira diante dos estadunidenses. O governo brasileiro soube resistir a essa pressão e não cedeu a um país que se afastou politicamente desde que Biden assumiu a Casa Branca.

Putin e Bolsonaro já se encontraram anteriormente, em novembro de 2019, e nessa viagem o Brasil busca estreitar a relação comercial em setores da defesa, energia e fertilizantes. Diante de empresários russos, o governo brasileiro tenta garantir a compra de insumos para a agricultura, tratar de assuntos do setor energético e da defesa. A viagem foi programada, já faz algum tempo, após convite de Putin.

Artigo: Sidnei Muran – imagem Marcos Correa/Presidência da República

* Os textos assinados não necessariamente refletem a opinião do veículo

Últimas notícias