Produtores de soja e milho convivem com perspectiva de preço estável na safra

 Produtores de soja e milho convivem com perspectiva de preço estável na safra

Especialistas do meio rural e agronegócios estimam que o valores pagos pela sacas de milho e soja não devem sofrer grandes alterações. A queda no preço se mantém em patamares abaixo do que foi a negociação logo após a colheita e com forte tendência em permanecer sem grandes alterações. Mesmo com recentes altas do dólar pouca influencia se teve sobre os valores de compra ofertados aos produtores.

A explicação para o preço do milho se manter abaixo de R$ 80,00 a saca é pela importação feita por grandes compradores há alguns meses e, por conta disso, estarem recebendo o produto até o final de dezembro, quando já estará em curso a colheita da nova safra brasileira em diversos locais do Brasil. Isso eleva a especulação de manutenção do preço para a próxima venda, com pouca chance de reajuste.

Quando à soja, a perspectiva é de aumento na safra estadunidense, segundo maior produtor mundial, bem como o crescimento da produção brasileira o que pode significar um preço final inferior. Ao menos a estabilidade é o que os analistas supõem, com pouca chance de aumentar o valor pago pela saca, atualmente na casa R$ 150,00. Apenas um grande movimento mundial de compra pode alterar o cenário.

A preocupação maior, ao homem do campo, se dá pela alta considerável no preço de insumos e o desabastecimento e falta de defensivos, sementes e fertilizantes. Questão que pode se mostrar ainda mais delicada para a safra de 2022/2023. A estimativa é de falta de produtos essenciais ao cultivo. Fato que muitos agricultores já têm dentro da sua realidade ao notarem a pouca oferta desses componentes produtivos.

Tanto as estimas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quanto da United States Department of Agriculture (USDA – departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América) detalham essa tendência de falta de insumos para a próxima safra. Sobretudo pela desaceleração da indústria chinesa que recentemente anunciou a menor produção e exportação de defensivos e fertilizantes.

Da redação com informações em estudos e divulgações sobre o cenário agrícola brasileiro e Imagem: Divulgação/CNA (Confederação Nacional da Agricultura)

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