Paraná já registrou mais de 400 casos com escorpiões em 2019

(Foto: Emanuel Marques da Silva/ Divisão de Zoonoses e Intoxicações da SESA) - Paraná já registrou mais de 400 casos com escorpiões em 2019

(Foto: Emanuel Marques da Silva/ Divisão de Zoonoses e Intoxicações da SESA)

Desde o começo do ano, a secretaria de estado da Saúde (Sesa) registrou 456 casos com escorpiões em todo o Paraná. Em 2018 foram 3144 acidentes, a maioria nas regiões Norte, Oeste e Noroeste do Estado.

Na semana passada, a presença dos animais em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Curitiba chamou mais uma vez a atenção para o problema, que pode ser evitado com cuidados da população. Os principais são organizar o quintal e mantê-lo limpo, remover entulhos e sobras de construção, e fechar frestas, colocando telas nos ralos e nas janelas.

Outras recomendações são usar sacos de areia nos vãos das portas e não deixar expostos resíduos orgânicos, já que atraem baratas, um dos alimentos para os escorpiões. O coordenador do Programa Estadual de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos e Venenosos, Emanuel Marques da Silva, cita os chamados 4As: abrigo, acesso a este abrigo, alimento e água.

“Se nós mudarmos qualquer um destes As, nós teremos um impacto importante sobre a população destes animais. Se o homem é capaz de produzir um ambiente favorável para o escorpião dentro de seu ambiente domiciliar, ele também é capaz de alterar esse ambiente, não deixando-o mais favorável”.

Silva destaca ainda que o controle químico não funciona com os escorpiões. “Se funcionasse, não teríamos no Brasil mais de 120 mil acidentes com escorpiões em um ano, número registrado em 2018”. Além disso, ele afirma que não existe sazonalidade na maior parte dos estados. “O Paraná tem uma sazonalidade maior pois temos um período frio em que o animal diminui seu metabolismo e fica escondido. Ele sai do esconderijo quando há calor. Por isso, no verão aumenta o número de acidentes”.


Captura e atendimento

Caso seja encontrado um escorpião em uma residência, ele deve ser capturado ou abatido. É preciso tomar muito cuidado ao capturar um escorpião vivo, pois ele pode se movimentar rapidamente durante uma fuga e se esconder. O ideal é empurrá-lo para dentro de um pote, que será fechado com tampa. Em seguida, este escorpião deve ser levado à Secretaria Estadual de Saúde para identificação. Assim será possível avaliar o risco que aquele animal representa para a saúde e tomar as providências para reduzir sua ocorrência.

Em caso de uma picada, deve-se procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima o mais rápido possível, principalmente em caso de crianças, para que os danos causados pelo envenenamento sejam minimizados pelo tratamento. O soro antipeçonhento é disponibilizado apenas na Rede SUS.

A picada de um escorpião causa dor imediata, podendo irradiar para o membro e ser acompanhada de adormecimento, vermelhidão e suor. Podem surgir suor excessivo, agitação, tremores, náuseas, vômitos, salivação excessiva, dentre outros sintomas mais graves. “Como se sente a dor logo após a picada, normalmente você vai ver o animal que picou e saber que foi um escorpião. O perigo que temos com as crianças pequenas é que se elas forem picadas, vão sentir a dor, chorar e não vão saber que bicho picou, por isso é importante monitorar a presença deste animal na sua propriedade”, alerta Silva.

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