Um legado de amor pelo Rio Iguaçu: Conheça a história do são-mateuense que, há mais de uma década, retira lixo do rio

 Um legado de amor pelo Rio Iguaçu: Conheça a história do são-mateuense que, há mais de uma década, retira lixo do rio

Foto: Arquivo pessoal

Há uma década, um são-mateuense dedica algumas horas do seu dia em prol de toda a comunidade. Buscando fazer a diferença e colaborar com o meio ambiente, mesmo que diante da imensidão do problema, pareça pouco, o amor pelo Rio Iguaçu fala mais alto. Com isso, Evandro Wille Dummel, um amante da natureza, encontrou no voluntariado uma maneira de retribuir ao rio que tanto lhe proporcionou momentos de alegria e aprendizado. Sua história é um testemunho inspirador de dedicação, perseverança e amor.

Um compromisso de vida

Natural do Rio Grande do Sul, Evandro mudou-se para São Mateus do Sul aos 7 anos de idade, acompanhado de seus pais. Hoje, aos 45 anos, ele se vê não apenas como um morador, mas como um guardião comprometido com a preservação do meio ambiente local.

Foto: Arquivo pessoal

Após sobreviver a um infarto, Evandro sentiu que tinha uma segunda chance na vida. Atuando como auxiliar de serviços gerais, agora dedica também o seu tempo a caminhar e a servir como voluntário. Para ele, cada dia é uma oportunidade de retribuir à comunidade e à natureza que tanto o ajudaram.

“Quase parti desta para melhor, mas o homem lá de cima acho que eu tinha um propósito aqui na terra ainda. O infarto faz cinco anos, fiquei com uma lesão no coração. Mas não é isso que vai me parar, estou pronto para ajudar. De lá para cá, ajudei em alguma busca de vítima de afogamento no Rio, encontrei dois corpos no Rio Iguaçu como voluntário, um momento triste mas de alívio às famílias, fico feliz em ajudar”, relatou Evandro.

Uma jornada solitária

Por mais de uma década, Evandro, sozinho, munido apenas de determinação e amor pela natureza, passa horas recolhendo o lixo que se acumula nas margens e nas águas do rio. Sua motivação vem do desejo de proteger não apenas o ambiente, mas também as inúmeras alegrias que o rio proporciona aos moradores locais, como a pesca e a navegação.

“Gosto muito de pescar decidir fazer um pouco pelo nosso rio, pois ele proporciona muitas alegrias para nós tanto na pesca como navegando no Iguaçu que corta a cidade de São Mateus do Sul. Tem muitas histórias aqui, é importante preservá-lo e a natureza agradece”, disse.

O desafio do lixo

Evandro relata encontrar uma variedade assustadora de resíduos no rio, desde garrafas plásticas de refrigerante até objetos perigosos como faqueiros e até mesmo frascos de veneno. “Muitas coisas encontrei no rio, desde litros descartáveis, faqueiros, plásticos, capacetes, mas o que mais me surpreendeu foi achar sete frascos de veneno do tipo randap”, contou o voluntário.

Evandro explicou que, após recolher os lixos, embala e faz a destinação correta desse material que é encaminhada para a reciclagem. Nesses dez anos, não faz ideia de quantos quilos de lixo já retirou do Rio Iguaçu, mas fala com alegria e entusiasmo que enquanto viver vai fazer a sua parte para tornar o mundo um lugar melhor.

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