Comparativo da enchente gaúcha com cheia do Iguaçu mostra dimensão do caos

No pico da enchente, em União da Vitória – outubro de 2023, a vazão superou 3.550 m³/s, ou seja, mais de 3 milhões e 500 mil litros de água passavam a cada segundo no rio Iguaçu pelo município rumo à represa da Usina de Foz do Areia. O nível de 8,38m ficou mais de 6 metros acima do normal, sendo a 6ª maior enchente da história e afetando um terço da população local.

No Rio Grande do Sul é uma região de vale, no meio de morros e declividades muito altas, e isso potencializa a descida das águas de quatros rios para a Lagoa do Guaíba, onde represa por ser mais plano, depois Lagos do Pato rumo ao Oceano Atlântico. Na enchente gaúcha, o rio Taquari sozinho subiu quase 20 metros acima do nível normal, atingindo 33,35m dia 2 de maio às 14h.

O entendimento de especialistas, com projeção do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) – antigamente conhecido como Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, dimensiona a vazão acima de 20.000 m³/s, ou seja, 20 milhões de litros de água a cada segundo chegando ao Lago do Guaíba. Ou seja, a vazão é quase seis vezes maior da última enchente no Iguaçu em União da Vitória.

O caso de Porto Alegre e região metropolitana é potencializado por essa espécie de funil em que os rios Sinos, Caí, Jacuí (Taquari se junta a ele) despejam água na Lago do Guaíba. No caso, existem um sistema para amenizar essas cheias, mas suporta um nível de 3 metros de água, com 2,5m entrando em alerta. Na última medição estava em 5,20m e ampliando o alagamento.

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