Tropeirismo: Uma tradição viva e preservada por grupo são-mateuense que segue com as tropeadas

No dia 26 de abril, celebramos o Dia do Tropeiro, uma data que nos leva a refletir sobre uma parte significativa da história e cultura do Paraná e do Brasil. O ex deputado estadual Emerson Bacil é o autor da Lei Estadual que dedica 26 de abril como Dia Estadual do Tropeiro no Paraná e a última semana do mês como Semana do Tropeiro. Para trazer à tona essa rica tradição, o Cultura Sul Notícias recebeu, nesta segunda-feira, 29 de abril, dois integrantes do Grupo Tropeiros Andantes, Hélio Burdzinski e Cícero Carneiro.

O tropeirismo é mais do que uma simples atividade histórica; é uma tradição viva, uma maneira de conectar-se com o passado, revivendo os caminhos e costumes dos antigos tropeiros, explicaram os representantes do grupo que compartilharam histórias e detalhes das tropeadas que já realizaram e dos planos para a próxima viagem que deve acontecer no final deste ano.

Uma Jornada Pela Cultura

Ao longo de suas tropeadas, os membros do Grupo Tropeiros Andantes não apenas encontram novos amigos, mas também preservam a tradição de solidariedade e companheirismo dos antigos tropeiros. Cícero explica que a cada trajeto planejado, eles contam com a orientação e amizade de outros tropeiros locais, que os ajudam a encontrar os melhores caminhos e locais para descanso.

Para Hélio, a troca de conhecimento e experiências é fundamental: “Todo dia é um aprendizado novo”. E é exatamente essa troca que eles desejam incentivar, abrindo as portas para aqueles que desejam conhecer e participar dessa cultura tão rica.

“Assim, a gente procura andar, encontrar os amigos, reviver o passado, fazer as comidas típicas da época dos tropeiros”, compartilha Cícero. E é exatamente isso que o Grupo Tropeiros Andantes tem feito há quase uma década. Percorrendo estradas e caminhos, eles não apenas resgatam a história do tropeirismo, mas também a compartilham com as gerações mais jovens.

Com o objetivo de preservar essa cultura, o grupo organiza tropeadas, algumas mais curtas, outras mais longas, como a recente jornada até Urupema, em Santa Catarina. Essas viagens não são apenas uma busca pelo passado, mas também uma forma de lazer e prazer, como destaca Cícero: “O prazer que a gente sente quando encilha uma mula e pega uma estrada é indescritível.”

Projeto futuro e compromisso com a tradição

Além das tropeadas regulares, o Grupo Tropeiros Andantes já está planejando projetos mais ambiciosos, como a jornada pelos caminhos de Coxilha Rica, região que faz divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com o compromisso de manter viva a tradição do tropeirismo, eles já estão se preparando para novas aventuras, sempre com o objetivo de compartilhar e preservar essa importante parte da história.

Convite aberto e compromisso firmado

Hélio destacou que a porta está sempre aberta para aqueles que desejam conhecer mais sobre o tropeirismo e participar das tropeadas. Eles convidam todos a se juntarem a eles nessa jornada pela cultura e tradição, se comprometendo para celebrar o Dia do Tropeiro no próximo ano com um evento em São Mateus do Sul. “Nos comprometemos a realizar algo para celebrar essa data no próximo ano. Dia 26 de abril vamos comemorar essa data”, disse Cícero

Com as tropeadas, o grupo mostra que o tropeirismo não é apenas uma lembrança do passado; é uma tradição que continua a influenciar e inspirar as gerações atuais. Através do Grupo Tropeiros Andantes, Hélio e Cícero não apenas resgatam essa história, mas também a compartilham com todos aqueles que desejam se conectar com suas raízes e celebrar a rica cultura do Paraná e do Brasil.

Autor da LEI

Na época, o deputado Emerson Bacil foi o autor da Lei, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do Paraná e sancionado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior em 13 de novembro de 2019, que instituí no âmbito do estado do Paraná o dia 26 de abril como Dia Estadual do Tropeiro e a última semana do mês como Semana do Tropeiro.

Bacil contou que teve apoio de estudos e base histórica, para a proposição do projeto que se transformou em Lei, da Universidade Livre do Tropeirismo (UNIIT), com sede na Lapa e coordenada pelo lapeano Márcio Assad. “É o reconhecimento do Paraná ao papel do município, que já comemora esta data desde 1966. Os lapeanos preservam elementos deste ciclo econômico que formou o Brasil Meridional”, disse.

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