Tradição das cavalgadas tropeiras: Uma jornada de São Mateus do Sul a Vacaria

 Tradição das cavalgadas tropeiras: Uma jornada de São Mateus do Sul a Vacaria

Foto: Arquivo do Grupo

O são-mateuense Francisco Ferreira, conhecido como Chico Mola, morador de Nova Tesoura, interior de São Mateus do Sul, busca manter viva uma tradição antiga, as cavalgadas tropeiras.

O ano de 2024 já começou com um destino traçado pelos amantes do tropeirismo. Em uma conversa exclusiva com a equipe do Portal 97, Chico relatou que embarcou em uma aventura única, juntamente com um grupo seleto de cavaleiros. Cinco pessoas representavam a Comitiva Tropeiros da Integração de Santa Catarina, enquanto Chico representava orgulhosamente a Comitiva Tropeiros de Verdade de São Mateus. Juntos, eles formaram uma equipe determinada a reviver o passados, planejando uma tropeada até Vacaria, no Rio Grande do Sul.

A jornada foi planejada nos moldes antigos, sem o luxo dos carros de apoio modernos. Eles confiaram no sistema tradicional, utilizando cargueiros para transportar seus pertences e cavalgando lado a lado com seus companheiros equinos. Durante a noite, eles se acomodavam em pelegos, sob o brilho das estrelas, e preparavam suas refeições na trempe (A trempe do fogão é aquela peça que tem o formato ideal para as panelas, que fica sobre os queimadores e resiste a altas temperaturas), alimentando-se do calor do fogo e do espírito da camaradagem.

A cavalgada aconteceu entre os dias 15 e 31 de janeiro, dias esses, em que os cavaleiros seguiram em frente, enfrentando os desafios do terreno e os caprichos do clima. Esta não era a primeira vez que Chico e sua comitiva se aventuravam em uma jornada tão longa. Eles já haviam cavalgado por diversas paisagens, incluindo os caminhos de Araucária, Assungui, Bateias, Santa Maria do Oeste, Guarapuava, Nova Trento, Taió e Palmas.

Foto: Arquivo do Grupo

Chico sabe que o cuidado com os animais nesse tipo de aventura é essencial e relatou que os animais que acompanhavam os cavaleiros também eram tratados com o máximo cuidado. “Um veterinário nos acompanhava de perto, garantindo que estivessem em perfeitas condições de saúde. Todos os exames necessários eram realizados, e uma dieta balanceada era fornecida, garantindo que os animais estivesse pronto para enfrentar os desafios da estrada”, contou.

No entanto, mais do que uma simples aventura, a cavalgada de Chico Mola tinha um propósito maior. Era uma homenagem aos antigos tropeiros, aos homens e mulheres corajosos que desbravaram o interior do Brasil a cavalo, estabelecendo rotas e deixando um legado que perdura até os dias de hoje.

“O principal objetivo da viagem da comitiva era manter viva essa tradição, relembrando os valores e a coragem de nossos antepassados a cada passo da jornada. E, ao chegar a Vacaria, não apenas completamos uma viagem, mas também celebramos a continuidade de uma tradição que continua a inspirar e emocionar aqueles que têm o privilégio de testemunhá-la”, frisou.

Da redação Portal 97

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