Ciclone Akará e “baixa fria” criam situação meteorológica inédita

 Ciclone Akará e “baixa fria” criam situação meteorológica inédita

Imagens de satélie mostram o ciclone Akará, que ruma para o Sul do Brasil NOAA/Nasa

O ciclone tropical que estava na costa Sudeste do Brasil ganhou intensidade e se tornou uma tempestade no Sul do país, segundo a MetSul. Nesta segunda-feira (19), imagens de satélite NOAA/Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, mostraram a tempestade no litoral do Rio Grande do Sul. Batizada de Akará, um tipo de peixe em Tupi, a tempestade é o primeiro ciclone a ganhar nome desde a tempestade subtropical Yakecan, em maio de 2022. No século 21, esta é apenas a quarta tempestade tropical na costa brasileira.

Este estágio é considerado anterior a um furacão, no entanto, a tendência é de que a tempestade siga para o SDl e se dissipe em mar aberto ao decorrer da semana.

Afastada do continente, a tempestade tem ventos de 70km/h a sua volta. Em alerta emitido nesta segunda-feira (19), a Marinha do Brasil afirmou que os ventos podem chegar a 80km/h, com ondas de quatro metros.

Ciclone no Sul do Brasil

O Sul do Brasil tem encarado uma situação meteorológica atípica nos últimos dias. A região está sob influência de dois sistemas simultaneamente. Um ciclone tropical que se formou no Sudeste e avançou para o Sul ganhou força e se tornou uma tempestade, nomeada de Akará. Desde a última sexta-feira (16), um sistema de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera se deslocou da Argentina e causou instabilidade no estado gaúcho.

De acordo com o MetSul, o vórtice ciclônico é conhecido como “baixa fria”, e não é considerado um fenômeno raro. Por outro lado, é inédito a simultaneidade de atuação de dois fenômenos incomuns: a tempestade tropical e a baixa fria.

Vale destacar que enquanto a baixa fria atua no continente e traz instabilidade com chuvas isoladas em grande parte da região, a tempestade Akará está perdendo força em mar aberto, sem grandes impactos em terra firme.

Segundo alerta da Marinha do Brasil nesta terça-feira (20), a tempestade perdeu força em algumas áreas, voltando ao estágio de depressão subtropical. No entanto, o fenômeno segue com ventos de até 70km/h e ondas de quatro metros.

Na tarde da última segunda-feira (19), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que foi registrada a ocorrência de um tornado na cidade de Júlio de Castilhos, cerca de 349 km da capital Porto Alegre.

Segundo os meteorologistas da Sala de Situação do estado, a disponibilidade de calor e umidade – causadas pela passagem da baixa fria – foram fatores responsáveis pelo desenvolvimento de tempestades isoladas no território gaúcho. Ainda segundo a Defesa Civil, não foram reportados danos por conta dos ventos na região.

A condição atmosférica também favoreceu o desenvolvimento de instabilidades que ocasionaram temporais isolados. Nuvens funis foram vistas com o vórtice no Uruguai e na Argentina, segundo o MetSul. É importante destacar que a nuvem funil precisa tocar o chão para ser considerada um tornado.

O sistema de baixa fria deve influenciar o tempo nesta quarta-feira (21), especialmente no Paraná e em São Paulo. Por conta do vórtice, é possível a ocorrência de chuvas fortes e temporais isolados com chance de outras nuvens funis.

Portal 97 com informações da CNN

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