Jovens encontrados mortos em BMW teriam se intoxicado por monóxido de carbono; entenda

 Jovens encontrados mortos em BMW teriam se intoxicado por monóxido de carbono; entenda

Foto: Reprodução

Na manhã de segunda (1º), quatro jovens foram encontrados mortos dentro de um carro BMW na rodoviária de Balneário Camboriú. Morreram uma jovem de 19 anos e três rapazes de 16, 21 e 24 anos.

A principal suspeita da Polícia Civil de Santa Catarina é de que o grupo tenha sido vítima de uma intoxicação por monóxido de carbono (CO) – gás tóxico inodoro e incolor produzido pela combustão incompleta de qualquer substância que contenha carbono -, que vazou do motor para dentro do veículo em que estavam.

O QUE ACONTECE AO INALAR MONÓXIDO DE CARBONO?

A morte por inalação de CO ocorre em minutos, principalmente se a pessoa estiver dormindo, embriagada ou em outra condição que dificulte a percepção.

“O monóxido de carbono inalado se liga à hemoglobina, que impede o transporte de oxigênio. Se você inala uma quantidade pequena, tem sintomas leves. Tudo depende do tempo, da exposição e da quantidade [inalada]”, afirma Andrea Sette, pneumologista do Hospital São Luiz Itaim, da Rede D’Or.

O QUE SE SABE ATÉ AGORA NO CASO DOS QUATRO JOVENS?

O veículo onde as vítimas estavam é uma BMW em que eles estavam havia passado recentemente por uma customização no escapamento para aumentar o ronco do motor. Ainda não se sabe quem era do dono do carro.

Peritos da Polícia Civil identificaram uma perfuração entre o motor e o painel do veículo, fazendo com que o monóxido de carbono vazasse para o interior do carro onde o grupo estava. Como o ar-condicionado estava ligado, os vidros estavam fechados, concentrando o gás no espaço confinado.

De acordo com o delegado Bruno Effori, responsável pelo caso, o grupo foi à rodoviária buscar uma jovem que estava chegando à cidade de ônibus. Ela relatou à polícia que, ao encontrar o grupo, eles comentaram estar com mal-estar, enjoo, vômito e tremedeira.

Segundo ela, todos estavam se sentindo mal, mas aparentemente conscientes. Resolveram, então, ficar ali por três, quatro horas, com o veículo ligado, com o ar-condicionado ligado.

“Ela [a testemunha] ficou entrando e saindo do veículo, porque ela não queria ficar ali dentro, porque estava se sentindo bem. Provavelmente foi isso que a salvou”, disse Effori.

Com informações de Folhapress e Banda B

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Redação 97

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