Julho Verde e Amarelo: mês dedicado ao combate das hepatites virais e do câncer de cabeça e pescoço

 Julho Verde e Amarelo: mês dedicado ao combate das hepatites virais e do câncer de cabeça e pescoço

Foto: Portal Cultura Sul

As duas campanhas têm o objetivo de reforçar a importância de ficar atento aos sinais e de sempre fazer os exames de rotina, o que auxilia no diagnóstico precoce e facilita o combate e a cura.

A campanha de Julho Verde foi criada pela Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) e implementada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), sendo a principal motivação conscientizar sobre a eficácia do tratamento do câncer de cabeça e pescoço quando feito precocemente.

Já o Julho Amarelo é uma campanha instituída pela Lei nº 13.802/2019, que tem o objetivo de promover uma educação sobre as hepatites virais. Assim, o Governo Federal promove ações de vigilância, prevenção e controle, diminuindo os riscos de contração dessas doenças. Inclusive, a simbologia da cor amarela foi definida pela decorrência do amarelado dos olhos e pele apresentado nos infectados.

Câncer de Cabeça e Pescoço

Inicialmente, no Câncer de Cabeça e Pescoço, a doença pode ser silenciosa, já que não há sinais visíveis. Porém, após estar em um estado avançado, os sintomas são perceptíveis e de fácil aparição, principalmente por ocorrerem na boca, seios paranasais, nariz e garganta.

A informação dada pelo Inca é de que quase 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são diagnosticados tardiamente. Sendo assim, quando houver a observação de alguma alteração, como  dores nos ouvidos e/ou pescoço, rouquidão ou dificuldade para falar, dificuldade para engolir, dor ou secura na garganta, feridas persistentes na boca, ferida aparente na face, aumento dos gânglios linfáticos ou nódulos, é necessário que a pessoa procure um atendimento médico o quanto antes.

Hepatites Virais

Já a Hepatite é um tipo de inflamação que afeta o fígado, comprometendo seu funcionamento e aumentando o risco de aparecimento de cirrose, câncer e outras doenças.

A Secretaria estadual da Saúde (Sesa) chama atenção para a importância de manter a população informada sobre a prevenção, diagnóstico e o tratamento da doença. Segundo a Sesa, existem vários tipos de hepatites virais (A, B, C, D, E). As mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C.

A hepatite A pode ocorrer por meio do consumo de água e alimentos contaminados por fezes; condições precárias de saneamento básico e falta de higiene pessoal. É possível contrair a hepatite B por relação sexual, pelo compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos como agulhas e seringas. Também pode ocorrer a transmissão vertical, passando da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

A hepatite C é a mais severa entre os vírus, com grandes chances de se tornar crônica. É contraída por sangue contaminado e derivados, compartilhamento de seringas e relações sexuais sem uso de preservativos.

O tipo D, também chamado de Delta, está associado com a presença do vírus da hepatite B. É transmitida de forma sanguínea e pela relação sexual.  A Hepatite E é de curta duração e curada naturalmente. Na maioria dos casos é uma doença de caráter benigno, de transmissão fecal-oral pelo consumo de água contaminada. Pode ser grave na gestante e raramente causa infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência. Da mesma forma que a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. Ela se manifesta mais nos países asiáticos.

Vacinas

No caso das hepatites A e B existem vacinas disponíveis em toda a rede pública do Estado. A vacina contra a hepatite A é fornecida para crianças entre 15 meses e menores de cinco anos e a vacina contra a hepatite B também está na rotina do calendário da criança, sendo ampliada para todas as faixas etárias. A hepatite C não dispõe de uma vacina para a proteção, mas existem medicamentos que permitem sua cura.

Sintomas

Em geral, as hepatites virais agudas são assintomáticas, e por isso caracterizadas como uma doença silenciosa. Quando os sintomas aparecem, podem se manifestar com febre baixa, fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, falta de apetite e icterícia (coloração amarelada), urina escura, fezes esbranquiçadas.

Da redação com informações de AEN e MedCloud.

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