Caso Lindolfo: júri popular conta com representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

 Caso Lindolfo: júri popular conta com representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

Foto: Portal Cultura Sul

O julgamento do caso do triunfense Lindolfo Kosmaski, brutalmente assassinado aos 25 anos, teve início nesta terça-feira (18) pela manhã. Para a acusação, a crueldade do assassinato comprova que se trata de crime de ódio contra uma pessoa LGBT.

Formada pelo Ministério Público, por meio da presença de Hiago Mendes Guimarães, coordenador-geral de defesa das pessoas LGBTQIA+ e representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e pela advogada assistente de acusação que representa a vítima, Micheli Toporowicz, a acusação acredita que não há dúvidas de que o acusado, preso desde o início do processo, trata-se do autor do crime, já que mentiu por diversas vezes ao longo do processo e escondeu um suposto envolvimento amoroso com a vítima.

A expectativa é de que o acusado seja condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Representantes da militância LGBTQIA+

O jornalismo do Portal Cultura Sul conversou com Hiago Mendes Guimarães, representante da Secretaria Nacional dos Direitos da pessoa LGBTQIA+, acerca do caso de Lindolfo. Em entrevista, Guimarães destacou o cenário brasileiro como o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo e ressaltou que “o crime cometido contra Lindolfo reflete o ódio e o preconceito que têm tirado a vida de tantas pessoas e trazido tanto sofrimento para as famílias”.

Além disso, o representante do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que sua presença no Fórum em São João do Triunfo se dá pela importância da busca pela justiça, tanto no caso de Lindolfo quanto de outras pessoas LGBTQIA+.

“E mais uma vez a gente está aqui pedindo justiça e clamando justiça. Por Lindolfo, hoje, mas também por todas as pessoas LGBTQIA+ que, infelizmente, tem pagado coma vida pelo preconceito e pelo ódio das pessoas”.

reiterou.

A equipe do jornalismo também conversou com Vinícius Oliveira, representante do coletivo LGBT do MST, e com a Luana, representante da Coordenação Nacional do coletivo LGBT do MST, ambos estão no Fórum também para acompanhar o julgamento.

Para Luana, hoje é um dia de busca pela justiça não só de Lindolfo, mas de todas as vítimas de LGBTQIA+. Também ressaltou a importância de Lindolfo na causa militante da qual fazia parte.

“Lindolfo era nosso companheiro de luta, participava das nossas formações. Era educador, era militante. […] A busca por Justiça é de fazer valer os sonhos do Lindolfo que também estão nas nossas vozes. […] Ele é uma semente que a gente cultiva de justiça, para a gente ser livre, para a gente ser quem a gente quiser, para a gente amar e ser como qualquer outro ser humano comum.”

conta.

Vinícius, que estudou com Lindolfo e participou ao lado de diversas ações dentro da causa LGBT, contou que acompanha o caso desde 2021 e destacou a emoção em estar vivendo esse momento.

“Para mim é de forte emoção e muito simbólico que a gente esteja aqui reunido com tantas pessoas que puderam conhecer o Lindolfo, seja através da educação ou seja pela luta, pela agroecologia, pela educação do campo, pela pauta LGBT. […] Lindolfo era um jovem cheio de sonhos e que teve a sua vida interrompida por uma brutalidade pela marca da lgbtfobia e hoje a gente busca a justiça para ele que também simboliza a justiça para várias e vários outros LGBTs.”

frisou.

Da redação com informações Coletivo LGBT Nacional do MST.

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