“Eles ficaram desesperados, gritavam e choravam muito”; atitude de pedagoga com crianças causa revolta em famílias

 “Eles ficaram desesperados, gritavam e choravam muito”; atitude de pedagoga com crianças causa revolta em famílias

Foto: Arquivo Pessoal

O início das aulas, momento que geralmente causa bastante euforia nas crianças, começou de forma perturbada para alguns alunos do infantil 4, que frequentam a escola municipal situada na Estiva dos Muchalak, em São Mateus do Sul, a qual foi reaberta este ano.

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo o relato de pais, os quais desejam não ser identificados, as condições da escola estão precárias, como a sala de aula ser abafada, pois não tem ventilador; e nos arredores da escola, em algumas partes, não há cerca para proteger quem está dentro do local. Além disso, conforme o relato, apenas uma professora e uma auxiliar por turma não dão conta da demanda.

“Prometeram parquinho ‘pras’ crianças e não tem, a cerca em volta da escola tem vários buracos e [está] caída em alguns lugares, não tem sombra para brincarem, ficam fechado na sala de aula até no intervalo”

relata.

Os pais ainda relatam que nos primeiros dias de aula, as crianças estavam escapando da sala de aula, pois “a professora não dava conta de cuidar dos que estavam chorando e os outros alunos escapando, porque, por ser o primeiro ano da escola, eles não têm noção de nada ainda”, descrevem.

Devido ao processo de adaptação dos alunos, algumas mães estão acompanhando os filhos para ajudarem nessa fase, já que muitos dos novos alunos são muito apegados aos pais e, por isso, às vezes são retraídos e tímidos.

Contudo, o relato dá lugar a uma denúncia, não acerca da estrutura escolar, mas sobre uma grave situação que aconteceu na escola municipal.

Como de costume, algumas mães estavam acompanhando seus filhos na escola na tarde desta terça-feira (7). Contudo uma assessora pedagógica impediu esse convívio, confira o relato:

“Apareceu a assessora pedagógica e fez as mães saírem do lado de seus filhos, segurando as crianças pra não irem atrás das mães. Eles ficaram desesperados, gritavam e choravam muito. Outras crianças acabaram se assustando e chorando também, por causa dessa situação.”

explica.

Conforme relato, hoje, quarta-feira (8), as crianças não quiseram entrar na condução devido ao medo de que a mesma situação se repetisse.

“A gente entende que as crianças tem que se adaptar, mas cada um tem o seu tempo, […], por isso a importância dos pais darem apoio ‘pra’ criança nos primeiros dias, até elas adquirirem confiança.”

Toda a situação causou revolta em algumas mães e indignação:

“Por isso a indignação de mães, falta estrutura ‘pra’ escola ‘pra’ atender as crianças, pintura foi feita na escola, mas as outras melhorias ‘pra’ distração das crianças (em especial as que entraram [pela] primeira vez na escola) não tem. Promessas foram feitas e não foram cumpridas.”

expõe.

Os pais que entraram em contato com o Portal Cultura Sul parabenizam as professoras que fizeram de tudo para atender as crianças durante a situação constrangedora e traumática.

A redação contatou a Secretaria de Educação de São Mateus do Sul, solicitando esclarecimentos acerca do ocorrido. A Secretaria se pronunciou através de nota de esclarecimento.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação informa que não recebeu dos pais nenhuma reclamação formal, que soube dos fatos pelo portal.

Em relação às estruturas físicas:
A escola passou por reforma no mês de janeiro e teve todas as adequações necessárias.
A metragem da sala é maior do que a padrão de outros lugares;
A questão dos brinquedos do parque estão sendo providenciados e organizados;
A área externa passou por um processo de obra, por conta de uma manutenção do poço artesiano mas já está na programação de adequação.

Quanto ao número de crianças por sala, seguimos duas legislações: a de metro quadrado por aluno e a de aluno por professor, e as duas estão sendo respeitadas.

Sobre o fato da atitude da assessora pedagógica, vamos verificar e logo formalizaremos resposta.

Salientamos que a Secretaria de Educação não recebeu até o momento nenhuma reclamação formal nem a Secretária Liliane foi procurada para ouvir os fatos. A mesma está a disposição das famílias que necessitarem conversar, da mesma forma que foi quando a comunidade em reunião pública decidiu a reabertura da escola.
Assim que soube das informações a Secretária agendou uma reunião com os pais da turma para amanhã.

Da redação.

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