Entidades reúnem-se com JTI e BAT para discutir o reajuste da tabela de preço do fumo para a atual safra

 Entidades reúnem-se com JTI e BAT para discutir o reajuste da tabela de preço do fumo para a atual safra

Numa expectativa de que a história dos últimos anos não se repita, mas que haja certo respeito e coerência por parte das empresas fumageiras, inicia a discussão da correção da tabela de preços do fumo. Contudo, nesta primeira rodada de negociação, marcada para esta segunda-feira (19/12) em Santa Cruz do Sul/RS, estarão presentes apenas as cigarreiras British American Tobacco (BAT) e Japan Tobacco International (JTI).

Nos últimos anos recaí sobre as indústrias a acusação de desrespeitarem a legislação. Em 2016 foi aprovado o regimento do Fórum Nacional de Integração do Tabaco (Foniagro), criado por determinação da Lei 13.288/2016 (Lei da Integração). Ali ficou definido que o preço do tabaco para as safras deve ser sempre acordado durante o mês de dezembro. Isso por meio de negociação entre a Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco e fumageiras.

A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Neste ano recebe de maneira individual apenas duas empresas, o que fortalece esse discurso de não cumprimento da Lei da Integração, argumento das entidades.

“O levantamento do custo de produção feito, novamente, em conjunto pela representação dos produtores com cada empresa fumageira está finalizado. Também já foi feito o consenso dos índices com cada uma delas. Agora, vamos para a negociação do reajuste na tabela de preço para a safra 2022/2023. Este ano, a representação marcou reunião com as empresas cigarreiras, a JTI e a BAT”, explica o tesoureiro da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher.

Contudo, conforme divulgou a Afubra, “as entidades alteraram a forma de negociação e receberão, nesse primeiro momento, apenas as cigarreiras, pois entendem que são elas que mantém, sob seu controle, uma decisão principal sobre uma tabela que possa direcionar as demais empresas fumageiras. As justificativas, nas negociações passadas, das empresas menores era de que não poderiam definir reajustes sem a definição das cigarreiras”.

“Por isso, este ano, mudamos e vamos tentar, com as duas cigarreiras, uma reposição nas tabelas que seja boa para o fumicultor e, num segundo momento, na primeira quinzena de janeiro, vamos sentar com as demais empresas. O objetivo é aproximar as tabelas de preços, pois as diferenças são prejudiciais para o fumicultor e também para o setor produtivo do tabaco”, argumenta o tesoureiro da Afubra, falando em nome da comissão.

Da redação com informações da Afubra, entidades e lei da Integração e imagem Afubra

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