Taxa de juros é mantida no Brasil por conta da queda na inflação enquanto EUA aumenta o percentual

 Taxa de juros é mantida no Brasil por conta da queda na inflação enquanto EUA aumenta o percentual

Foto: Agência Brasil

O principal motivo, segundo o Banco Central, é a queda da inflação. Isso fez interromper o ciclo de alta dos juros após um ano e meio de reajustes seguidos. Por 7 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros. Nos Estados Unidos da América esse índice subiu e se aponta maior desemprego numa economia em desaceleração.

Em comunicado, o Copom informou que continuará a monitorar a economia e poderá voltar a subir a taxa Selic caso a inflação não caia como esperado. “O comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, destacou o texto.

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a primeira pausa nas elevações após 12 altas consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. De março a junho do ano passado, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião.

Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro do ano passado até fevereiro deste ano. O Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986.

Situação que mudou com a contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. O Brasil teve deflação nas últimas avaliações econômicas o que facilita a manutenção da Selic. Da mesma forma a oferta de empregos, também, apresentou bons resultados.

Nessa mesma quarta-feira (21/09) o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) elevou a taxa de juros em 0,75%. O indicativo da instituição é de manter subindo os percentuais e chegar a 4,6% em 2023 para combater a elevação da inflação nos EUA. A taxa de desemprego é outra com perspectiva de aumento neste ano e para o próximo. Bem como, as projeções mensais mostram desaceleração de economia estadunidense.

Da redação com informações da Agência Brasil e Banco Central e imagem Agência Brasil.

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