Safra brasileira registra recorde de valor comercializado, com ligeira redução no total produzido

 Safra brasileira registra recorde de valor comercializado, com ligeira redução no total produzido

Os dados são da Pesquisa Agrícola Municipal, divulgadas nesta quinta-feira (15/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mostram um valor de produção das principais culturas agrícolas atingindo o recorde de R$ 743,3 bilhões em 2021. Em valores é um crescimento de 58,6% frente ao período anterior, contudo, no quantitativo total produzido houve uma ligeira redução de 0,4%.

A safra de grãos teve dois anos seguidos de recordes na série histórica, mas em 2022 foi 0,4% menor que em 2021, totalizando 254,4 milhões de toneladas. A área plantada do país, considerando todas as culturas, totalizou 86,7 milhões de hectares, uma ampliação de 3,3 milhões de hectares, 3,9% superior na comparação com 2020. Mesmo assim, as intempéries prejudicaram a produtividade total brasileira.

Mesmo assim, o valor da produção agrícola do país em 2021 bateu novo recorde e alcançou R$ 743,3 bilhões, sendo 58,6% maior que safra anterior. Segundo o levantamento, entre as culturas agrícolas que mais contribuíram para esse crescimento, o destaque foi para a soja, que alcançou a marca de 134,9 milhões de toneladas, gerando R$ 341,7 bilhões em valor bruto, acréscimo de 102,1% frente à safra anterior.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, a soja foi o segundo produto em valor na pauta de exportação nacional. O primeiro é o minério de ferro, incluindo seus concentrados. Conforme o IBGE, a produção de milho, segundo produto agrícola em valor de produção, apesar da queda de 14,9% no volume produzido, de 88,5 milhões de toneladas, gerou um valor bruto de R$ 116,4 bilhões.

Isso supera em 60,7% os valores registrados em 2020. De acordo com os pesquisadores, a elevada demanda externa e interna das commodities agrícolas, com o dólar mantendo sua valorização frente ao real, somada à escalada nos preços dos combustíveis, os preços dos principais produtos agrícolas nacionais estabeleceram-se em patamares elevados. Por isso, a produção agrícola brasileira, em 2021, apresentou esse crescimento.

“O ano foi marcado pela instabilidade climática entre o outono e o inverno, que afetou principalmente o desenvolvimento das culturas de segunda safra em boa parte do território nacional. Culturas como o milho, a cana-de-açúcar e o café apresentaram significativa queda na produção. Os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul foram os mais afetados”, informou o IBGE sobre esse levantamento.

“Contudo, as principais culturas temporárias com predomínio de cultivo na primeira safra, como a soja e o arroz, apresentaram bons resultados. Destaque para o estado do Rio Grande do Sul, que apresentou boa recuperação, após problemas climáticos enfrentados no ano anterior, que afetaram a produtividade de diversas culturas no território gaúcho”, acrescentou o relatório desse levantamento do instituto.

O Centro-Oeste, mais uma vez, foi a região com maior valor da produção agrícola, totalizando R$ 261,3 bilhões, superando em 80,4% o período anterior, com destaque na produção de soja, milho e algodão. O destaque regional foi Mato Grosso, com a geração de R$ 151,7 bilhões, crescimento de 91,5% no ano, grande parte devido à soja, seu principal cultivo. Tendo também o município mais representativos

Segundo o IBGE, Sorriso, em Mato Grosso, com aumento de 86,4%, mais uma vez gerou o maior valor da produção agrícola nacional entre os municípios brasileiros, totalizando quase R$ 10 bilhões, tendo a soja e o milho como as culturas de maior valor. Por sua vez, Guarapuava no Paraná, novamente registrou o maior valor da produção agrícola regional, gerando R$ 1,6 bilhão, com a soja como seu cultivo principal.

Da redação com informações e imagem da Agência Brasil/AEN

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