PM que matou a ex-mulher deixa carta explicando os motivos de ter cometido o crime, leia

 PM que matou a ex-mulher deixa carta explicando os motivos de ter cometido o crime, leia

Foto: Reprodução de Redes sociais

O policial militar Dyegho Henrique Almeida da Silva que matou a tiros a ex-mulher, Franciele Cordeiro e Silva, no final da tarde terça-feira (13), na Rua Francisco Nunes, no bairro Rebouças, em Curitiba, deixou uma carta digitada explicando os motivos que o levaram a cometer o crime.

A denúncia feita por Franciele junto à polícia aponta que Dyegho colocou um medicamento abortivo nas partes íntimas dela, alegando ser uma bolinha lubrificante. A situação teria acontecido pela primeira vez quando a vítima estava com dois meses de gravidez. Já com sete meses de gravidez, uma outra situação suspeita teria acontecido após uma nova relação sexual, mas, após sentir fortes dores abdominais e sangramento, a vítima foi levada às pressas ao hospital. Em seguida ela deu luz a filha. Na carta, Dyegho escreveu sobre o assunto.

Tirou o diu para engravidar, me acusou de aborto sem consentimento […] Ela engravidou, armou isso e foi manipulando diversas vezes, quando num dia eu decidi para de ser chantageado, peguei mina coisa e fui embora, no dia seguinte ela tomou o [remédio] sozinha e sem eu por perto, me chamou para ficar com ela e aguardar o efeito, a noite mina filha nasceu e viveu apenas dias. Eu não amava e nem queria saber da criança, mas é uma sensação surreal e eu me perdi naquela humaninha pequena e depois foi levada como um anjo no céu.

Dyegho Almeida chegou a publicar um vídeo no status do WhatsApp, após ter matado a tiros a ex-mulher, em que diz ter sido “vítima de um relacionamento abusivo”. Em outro trecho da carta, o policial militar voltou a alegar que vivia em uma relação abusiva.

Relacionamento não tínhamos, mas era uma situação abusiva a cada dia, não sei quantos homens passam por isso, seja para sair e tomar uma com amigos e a minha briga ou te ofende por bobeira, isso faz mal, uma coisa que devemos falar, homens também são vitimas e eu fui vitima por muito tempo, questão financeira peguei mais empréstimos e empréstimos para segurar a onda das contas e que ela pedia para trocar de carro e queria fazer uma plástica, concedi, pois assim não via motivos e estranhei sempre o salario nunca cair e o processo também não, me afundei, ela já estava falando com outro, eu não ligava pois não tínhamos nada, mas ela só me cobrava e surtava se eu fizesse o mesmo.

No trecho final da carta, o policial militar termina escrevendo que combate a violência contra a mulher e afirma que tirar a vida de Franciele não foi uma questão de feminicídio.

“Eu fui vitima de muita coisa, […] sempre publiquei artigos em defesa e combate a violência contra a mulher, mas há mulheres que são vitimas de verdade e há mulheres que fingem e agridem o homem, até que ele não aguente, não é uma questão de feminicidio, pela questão dela ser mulher, mas por tudo que ela fez comigo, um homem saudável e com a cabeça sempre focado, ficou perdido, e não achou mais solução.”

Com informações de Banda B.

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