Pela primeira vez, na série histórica desde 1991, Brasil tem prévia de deflação anunciada

 Pela primeira vez, na série histórica desde 1991, Brasil tem prévia de deflação anunciada

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (24/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) aponta prévia da inflação oficial e registra deflação (queda de preços) de 0,73% em agosto deste ano. Isso configura a menor taxa da série histórica, iniciada em 1991, para esse tipo de avaliação econômica.

Num comparativo, o IPCA-15 havia registrado taxas de inflação de 0,13% em julho deste ano e de 0,89% em agosto do ano passado. Com o resultado deste mês, o índice mostra altas acumuladas das taxas de inflação em 5,02% em 2022 e de 9,60% em 12 meses. Dados bastante parecidos com realidades econômicas tanto dos Estados Unidos da América quanto de países europeus, num comparativo.

A taxa de inflação da Alemanha, a maior economia da zona do euro, poderá atingir pico de mais de 10% até o fim do ano, de acordo com relatório mensal do Bundesbank (Banco Central da Alemanha). No Reino Unido o índice de preços saltou para 10,1% em julho, o mais elevado em 40 anos e nos Estados Unidos acelerou com elevação dos preços da gasolina e dos alimentos, resultando em junho em 9,1%.

Essa queda de preços no Brasil, com registro histórico de deflação, aponta pelo estudo na prévia de agosto é puxada principalmente pelos transportes, que registraram redução de valor na casa de 5,24%. Há nisso uma influência direta do recuo nos preços de combustíveis, com acumulados de 15,33%. De certa forma, ainda relacionada mais ao transporte de pessoas que de cargas por caminhões.

Entre os combustíveis, foram observadas as quedas de 16,80% na gasolina, 10,78% no álcool, de 5,40% no gás veicular e de 0,56% no óleo diesel. A deflação também foi registra no setor da habitação (-0,37%), o preço da energia elétrica residencial puxou essa queda (-3,29%); e setor de comunicação (-0,30%). Por outro lado, os alimentos tiveram um breve aumento, sobretudo do leite e derivados.

A maior alta do IPCA-15 neste período (1,12%) é uma taxa semelhante à observada no mês anterior (1,16%). O leite longa vida subiu em média 14,21%, queijo 4,18%, frango em pedaços 3,08% e frutas 2,99%. Outro grupo onde houve aumento é o de despesa com saúde e cuidados pessoais de 0,81%, despesas pessoais mesmo índice, vestuário 0,76%, educação 0,61% e artigos de residência com 0,08%.

Da redação com informações do IBGE, Agência Brasil e divulgação de índices EUA, Reino Unido e Alemanha e imagem/reprodução Agência Brasil

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