Preço do frete sobe no Centro-Oeste, mas no Paraná baixa demanda tem oferta de transporte

 Preço do frete sobe no Centro-Oeste, mas no Paraná baixa demanda tem oferta de transporte

As informações são do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesse mês de julho. A publicação revela novos fatores para a alta nas cotações do transporte agrícola: a migração dos prestadores de serviços para o Centro-Oeste do país, atendendo a demanda da colheita do milho segunda safra daquela região. Este movimento, combinado com a elevação nos preços do diesel.

A oferta de caminhões está menor no Brasil e isso ajuda em deixar o preço do transporte mais caro. Segundo a Conab, no estado de Mato Grosso, por exemplo, o valor do frete rodoviário em junho apresentou elevação em todas as praças. Com a previsão de recorde na segunda safra de milho, já se observa grande deslocamento nas áreas de produção devido às retiradas do produto das lavouras e armazenados.

Os aumentos de fretes mais expressivos foram aqueles identificados com destino aos portos de Santos, Santarém e Paranaguá, para atender contratos de exportação e o escoamento da safra de soja. Assim, mesmo com a safra do milho já em pleno curso, é esperado que em julho os preços se mantenham ou até mesmo apresentem elevações, decorrentes do conflito entre o escoamento da safra de soja e a colheita recorde de milho.

Em Mato Grosso do Sul, o mercado de fretes em junho também apresentou variações significativas nos preços praticados em quase todas as praças acompanhadas. A soja teve grande movimentação, tanto para exportação quanto para o mercado interno, mas o aumento no ritmo da colheita do milho segunda safra no estado vizinho acabou por diminuir a oferta de veículos locais.

Já em Goiás, a colheita da segunda safra de milho encontra-se ainda na fase inicial e há pouca movimentação das transportadoras, mas nos municípios acompanhados pela Conab já se observa maior deslocamento para a exportação de soja. Além das dificuldades na efetivação dos embarques pela baixa disponibilidade de caminhões, muitos autônomos preferem aguardar melhor remuneração dos fretes.

No caso do Paraná, a frustração da safra brasileira de soja disponibilizou grande oferta de caminhões na região, fazendo com que os preços dos fretes caíssem. Uma das alternativas para o equilíbrio sazonal estaria no escoamento de feijão para as principais praças internas, no entanto, neste ano não houve envio do produto para o Rio de Janeiro. Sendo diferente no cenário nacional para o Estado.

Os fretes a partir de agora, tanto da soja quanto do milho, devem apresentar alta em todas as origens, já que os deslocamentos dos caminhões para o Centro-Oeste do país diminuíram a oferta no estado. O quadro momentâneo de um quantitativo mais enxuto de veículos – contratos de exportação a serem cumpridos e movimentação para o esvaziamento dos silos para recepção da nova safra de milho.

Da redação com informações e imagem da AEN

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