Dólar em alta por risco de recessão global e preço de combustíveis sob projeção de queda
Enquanto o dólar segue subindo, fechou nesta quarta-feira (06/07) em R$ 5,42, o alívio da inflação estaria agregado à queda no valor do petróleo. Um relatório divulgado nos Estados Unidos da América (EUA) cita possível redução de quase 40% no preço do produto no mercado mundial, saindo dos atuais US$ 107 para US$ 65 o barril, devido à redução de investimentos no setor petrolífero.
Essa estimativa de queda é projetada para até o final deste ano. Isso se o mundo passar por uma recessão que venha a prejudicar a demanda, segundo uma projeção do Citigroup, enviado a clientes nos EUA e informação divulgada pela Bloomberg. Esse cenário ocorre na ausência de qualquer intervenção dos produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e possível diminuição dos investimentos.
Se a projeção for confirmada na prática vai representar um alívio da inflação global, impactadas especialmente pelo preço dos combustíveis tanto no Brasil quanto no mundo, sobretudo pelo preço do petróleo ter disparado em 2022, sobretudo pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Fato elencado à perspectiva de recessão em algumas economias como dos Estados Unidos e da Europa, por conta da alta na taxa de juros.
O relatório do Citigroup mostra essas evidências e sugere menor demanda por petróleo, vista apenas nas piores recessões globais. Analisada por especialistas num contexto em que projeta a economia atual e os preços do petróleo em queda para patamares próximos aos custos marginais. Podendo, ao longo de 2023 chegar à casa de apenas US$ 45 o barril. Enquanto o dólar segue valorizado frente ao real.
Esse mesmo risco de recessão global levou a moeda dos EUA a atingir R$ 5,46 e fechar em R$ 5,42 nesta quarta-feira e tende a continuar nessa margem, ou seja, mesmo patamar de 27 de janeiro. Influenciada, também, pela alta dos juros no mercado mundial e perspectiva projetada desse período delicado para a economia no mundo.
Da redação com base em relatórios do Citigroup, Fed e portais. Imagem reprodução/Petrobras
