Condições climáticas influenciam queda estimada de 43% na produção de soja no Paraná

 Condições climáticas influenciam queda estimada de 43% na produção de soja no Paraná

A Previsão Subjetiva de Safra (PSS), apresentada nesta quinta-feira (28/04) pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab) –, aponta produção de soja na casa de 11,8 milhões de toneladas. São 9 milhões de toneladas a menos que a previsão inicial com base na área plantada e duramente afetada pela estiagem no Estado.

Com esses números, o Paraná deve cair da disputa de 2º maior produtor para 4º. Isso porque, conforme os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) da safra 2020/2021, o Estado ficou muito próximo da vice-liderança produtiva do Rio Grande do Sul. No período atual, com base nas estimativas do Deral, deve ficar distante dessa disputa e ser superado pelos goianos na produção de soja.

Na safra anterior, o Mato Grosso manteve o posto de maior produtor brasileiro de soja, com 35,947 milhões de toneladas e área plantada de 10,294 milhões de hectares. Seguido do Rio Grande do Sul, com 20,164 milhões de toneladas produzidas em 6,055 milhões de hectares e Paraná com 19,872 milhões de toneladas em área de 5,618 milhões de hectares. Goiás contabilizou 13,720 milhões de toneladas em 3,694 milhões de hectares.

Além da perda estimada de 9 milhões de toneladas de soja, o que deixaria o Paraná abaixo de Goiás, as condições climáticas derrubaram o rendimento por hectare. Caindo de 3.549 quilos para 2.094, segundo o Deral. Saindo de média na casa de 143 sacas por alqueire na safra anterior para 84,46 sacas de 60 kg por área de 2,42 hectares na atual. Os dados apontam para apenas 2% do total plantado a ser colhido.

A estimativa é prejuízos, em relação à movimentação de recursos, superar o patamar de R$ 25 bilhões. A saca de 60 quilos paga ao produtor estava cotada próximo a R$ 170,00, na semana passada. Numa queda de 10% se comparada com a cotação média de março, mas representa aumento de 7% em relação ao que era pago em abril de 2021. Nos últimos dias houve uma recuperação pela alta do dólar frente ao real.

Da redação com informações e imagem de arquivo da Agência Estadual de Notícias (AEN)

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