Governo lança proposta para diminuir dependência da importação de fertilizantes

 Governo lança proposta para diminuir dependência da importação de fertilizantes

O Plano Nacional de Fertilizantes traz indicadores para o planejamento do setor até 2050. O Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas, órgão consultivo e deliberativo, vai coordenar e acompanhar a implementação da iniciativa. Durante a cerimônia, nesta sexta-feira (11/03), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu a ação para reduzir as importações.

Tereza Cristina disse que proposta visa o desenvolvimento de ações para que o país diminua a dependência externa na compra do produto. Os insumos, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente usados pelo setor agrícola e considerados essenciais para fornecimento de um ou mais nutrientes para as plantações. O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes.

Isso equivale a 55 milhões de toneladas. Segundo a ministra, apesar disso, o Brasil importa 85% do insumo usado pelo agronegócio, principalmente da Rússia. A expectativa do plano é reduzir tal dependência para 45%. “Não estamos buscando autossuficiência, mas sim capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza, que é o agronegócio brasileiro”, disse Tereza Cristina.

“Entendemos que o mundo manterá seus fluxos comerciais e que as commodities continuarão circulando em ambiente de livre mercado. Entretanto, precisamos garantir suprimento para a nossa mais importante atividade econômica”, observou a ministra. A guerra entre Ucrânia e Rússia trouxe imposição de série de sanções dos Estados Unidos e de países-membros da União Europeia, envolvendo o comércio de fertilizantes.

Durante a cerimônia, a ministra informou que vai defender, na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a suspensão das punições, com o argumento de que, assim como os alimentos, os fertilizantes não podem ser objeto de sanções. Há uma defesa do projeto, de iniciativa do governo federal, que autoriza a exploração de minério em terras indígenas.

Essa proposta foi defendida pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tendo requerimento para apreciação em urgência aprovado quarta-feira (09/03) na Câmara. O presidente Jair Bolsonaro, também defendeu a proposição. “O clima se apresenta cada vez mais propício, porque esse projeto visa nos atender também em outras áreas como a geração de energia hídrica”, frisou.

Da redação com informações e imagem da Agência Brasil

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