Após prisão de prefeito, interino determinou intervenção no transporte escolar em Canoinhas

Publicação da prefeitura cita de que o “transporte público de mais de 3.500 alunos das redes de ensino municipal e estadual está garantido em Canoinhas”. No caso, o prefeito em exercício, Willian Godoy, decretou a intervenção sobre o serviço após a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prender o prefeito Beto Passos e o vice Renato Pike, na terça-feira (29/03).

Ao todo, os policiais cumpriram 14 mandados de prisão – oito preventiva e seis de prisão temporária – 47 de busca e apreensão nos municípios de Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Itaiópolis, Porto União e Bituruna (PR). Dentre outras coisas, o transporte público é um dos setores investigados e com cumprimento de mandatos na operação batizada de Et Pater Filium, envolvendo agentes públicos e particulares.

Até segunda-feira (28/03), o serviço era realizado pela Transporte e Fretamento Santa Cruz. Com a intervenção, o município de Canoinhas possui “pleno controle dos meios materiais e humanos”, segundo publicou a prefeitura. A ação segue orientação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) após “as medidas cautelares determinadas em processo que tramita no Tribunal de Justiça de Santa Catarina”.

Ontem, quarta-feira (30/03), Willian Godoy e a interventora nomeada por indicação do Ministério Público e aceito pelo prefeito, Zenici Dreher, se reuniram com motoristas do transporte dos alunos “a fim de alinhar a continuidade do serviço essencial até a inclusão de uma nova operação por meio de procedimento licitatório”, conforme divulgou a prefeitura. A intervenção dá “plenos poderes para gerir a execução, a direção, a administração, a representação e, inclusive, a movimentação controle e repasse dos créditos alocados.”

Esse prazo da intervenção será de 120 (cento e vinte) dias necessários à plena continuidade dos serviços, podendo a intervenção ser encerrada antes do prazo havendo uma nova contratação, ou cessadas as suas causas. Zenici afirmou, conforme a prefeitura, que o recurso empenhado no contrato será usado para pagamento dos motoristas e abastecimentos dos ônibus. A medida garante a continuidade da prestação do serviço e não incide sobre outros aspectos da educação.

Da redação com informações e imagem da prefeitura de Canoinhas