Estimativa para safra de fumo é quase 10% menor da anterior e reajuste calculado

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) finalizou a primeira estimativa para a safra de tabaco 2021/2022. A expectativa é de 569.539 toneladas, nos três Estados do Sul do Brasil. Se a estatística se confirmar, a redução será de 9,38% comparado à safra passada, fechada em 628.489 toneladas. A área plantada tem redução de 9,78%, passando de 273.317 hectares para 243.590 hectares, nesta safra.

O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, explica de que forma a entidade chega a estes números de estimativa. “Temos, em nosso Sistema Mútuo, o número de pés inscritos, por tipo de tabaco. A estes números, soma-se o número de pés dos produtores que não estão inscritos no Sistema. Mais um percentual usado é o de produtores que plantaram a mais ou a menos que o inscrito. Estes três fatores nos dão a área plantada”.

Quanto ao preço, as entidades estão na reta final dos cálculos de custos de produção para a safra 2021/2022. “Esta apuração em conjunto foi uma condição da Comissão de Representação dos Fumicultores para negociar o preço do tabaco, já que o custo de produção sempre foi entrave. Com isso, ao iniciarmos as reuniões poderemos de pronto negociar o preço”, explica Benício.

Mesmo com compras abertas, as negociações devem iniciar apenas em dezembro, após a finalização do custo de produção. “Um dos itens de maior peso no custo de produção é a mão-de-obra, mais utilizada durante a colheita. Por isso que não podemos definir o preço do tabaco no início de cada safra, o que é de grande anseio dos produtores”, destaca o presidente, com expectativa de melhor lucratividade.

Quanto à área plantada, os gaúchos reduziram em 7,37% e a produção deve ficar 6,30% menor. Em Santa Catarina, os fumicultores plantaram 12,94% a menos, com a produção podendo ser até 13,45% menor, conforme a estimativa inicial da Afubra. Enquanto, os paranaenses diminuíram 10,36% o plantio e o quantitativo final da safra deve cair 10,02% no comparativo com a safra 2020/2021.

Menor área plantada era uma das colocações da entidade para melhorar o preço. De acordo com a Afubra, a redução em torno de 10% de área plantada pode ser fato positivo na melhora do preço final pago ao produtor. Inclusive, o quantitativo plantado menor é visto como influenciado pela frustração na comercialização da safra anterior. Sem contar, a disputa de espaço com soja e milho, principalmente.

Da redação com informações e imagem da Afubra