“Ser mãe é se doar, é ter o seu coração batendo fora do peito”

 “Ser mãe é se doar, é ter o seu coração batendo fora do peito”

“Ser mãe é muito gratificante, não tem como explicar”, disse Eliandra / Foto: Arquivo pessoal

O Cultura Sul Notícias desta semana trás cada dia uma mãe com uma história inspiradora, e nesta quinta-feira (06/05), não foi diferente, a entrevistada foi Eliandra Aparecida Olszewski de Oliveira, que contou um pouco sobre o sonho de ser mãe, dos percalços encontrados e desafios. Um relato repleto de sentimentos, que mostra que se você deseja algo, é preciso lutar, mesmo que em muitos momentos não veja a “luz no fim do túnel”, mas se acreditar, e continuar, a luz vai aparecer e iluminar a sua vida.

Sete horas antes da Cecília nascer

Eliandra iniciou contando um pouco de onde veio o desejo de ser mãe. Ela acredita que toda mulher tem esse desejo dentro dela, algo que já vem com a mulher. “Acho que é algo natural da mulher. A partir do momento que a mulher encontra uma pessoa que ela queira construir um futuro, o desejo de ser mãe é natural”, comentou. Sua primeira gestação foi uma surpresa, ela contou que era um final de ano, estava viajando com o marido, quando passou mal, compraram um teste e deu positivo, mas deu apenas 10 dias de gestação e acabou perdendo.

“Essa foi a minha primeira perda, a partir daí, iniciou uma batalha. Veio a segunda, a terceira perda, muitas pessoas falavam que era normal, mas não achávamos que isso era normal, fiz vários exames, alguns davam normais, até que o Dr. Rodrigo, descobriu que eu tinha trombofilia. Foram nove anos de tratamento, de procura, de busca e nesse período, nove perdas gestacionais, até que engravidei da Cecília”, relembrou.

Cecília com 275 picadinhas de amor

Eliandra contou sobre o sentimento da perda, e que hoje consegue compreender os momentos que passou e tornaram a mãe que é atualmente. “Hoje eu vejo com outros olhos tudo o que passei, eu vejo que cada perda, Deus estava me preparando, pois eu não seria a mesma mãe que eu fui para Cecília, minha primeira filha, há nove anos atrás. Foi dolorida cada perda, só quem passa sabe explicar”. Ela continuou o relato, explicando que a dor é uma só, não tem como colocar na balança a perda de um filho na barriga ou com uma certa idade.

Após tantas perdas, fez o curso para adoção, mas ela e o marido não se sentiam preparados, com isso levaram dois anos para entregar todos os documentos no fórum, ficaram três anos na fila, quando veio a décima gestação que seria diferente de todas as outras. Eliandra conseguiu segurar a gravidez, que foi tranquila até o final. “Não tive nenhuma intercorrência, mas no final eu tive pré-eclâmpsia e a Cecília acabou nascendo de 37 semanas”, explicou.

Cecília com dois anos e Olívia com um mês

Esse momento com certeza nunca será apagado na memória de Eliandra. “Foi um momento maravilhoso, quando você pega no colo, que você sabe que é seu. A ficha só caiu quando eu cheguei em casa, que eu olhei para minha mãe e eu ali chorando falei, mãe eles me deixaram trazer ela para casa, é minha. Ali foi um momento de glória, de vitória”, relatou emocionada.

A segunda gravidez foi uma grande surpresa, pois descobriram quando Eliandra estava com quase três meses de gestação, pois como tem trombofilia, teria que tomar injeções de anticoagulantes todos os dias, o que na primeira gravidez começou a tomar antes e nessa iniciou assim que descobriu a gestação. Diferente da primeira, essa segunda gravidez teve algumas intercorrências, pois ela teve toxoplasmose e citomegalovírus positivado.

“A pediatra que acompanhou a gestação da Olívia, desde o nascimento relata que ela é um milagre, porque nós esperávamos sequelas mínimas, mas esperávamos sequelas, e ela nasceu perfeita. Quando a pediatra entregou o laudo da alta, ela disse emoldurem esses papéis, porque isso, a medicina não explica, isso é um milagre de Deus”, relembrou

Em relação a o que é ser mãe, Eliandra foi enfática. “Ser mãe é se doar. Você tem o teu coração batendo fora do peito. O sentimento eu acho que só quem é mãe sabe desse sentimento e é maravilhoso, muito melhor do que a teoria, do que eu imaginava, é gratificante, não tem como explicar”. E encerrou o seu relato desejando um feliz e abençoado dia das mães à todas as mães.

Ser mãe, um sonho realizado

A entrevista completa está no Facebook do Portal Cultura Sul FM e no canal do YouTube da Cultura Sul FM.

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