Em abril do ano passado, o Papa Francisco aprovou uma nova edição do livro litúrgico que orienta os ritos funerais papais. O pontífice morreu na madrugada desta segunda-feira (21).
O documento, chamado Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, será usado na missa fúnebre do pontífice, ainda sem data anunciada, segundo o Vaticano.
A segunda edição do livro introduz diversas mudanças, incluindo a forma como o corpo do papa deve ser tratado após a morte.
Pela nova norma, a constatação do óbito não ocorre mais no quarto onde ele faleceu, mas sim na capela. O corpo também passa a ser colocado imediatamente no caixão.
As modificações refletem um pedido direto de Francisco. Segundo o arcebispo Diego Ravelli, mestre das cerimônias apostólicas, o papa desejava que os ritos fossem simplificados e que o foco estivesse na fé da Igreja na ressurreição de Cristo.
ENTENDA – “O rito renovado”, disse Ravelli, “procura enfatizar ainda mais que o funeral do Pontífice Romano é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não de uma figura poderosa deste mundo.”
A mudança marca uma ruptura com a pompa de funerais papais anteriores, como o de João Paulo II, em 2005.
A expectativa é que a cerimônia siga as novas diretrizes definidas por ele mesmo, em vida, como parte de uma visão pastoral mais simples e próxima do povo.
Com informações: Exame/Reprodução aRede