“Lua de Sangue” poderá ser vista de todo o Brasil, segundo astrônoma, na noite deste domingo

 “Lua de Sangue” poderá ser vista de todo o Brasil, segundo astrônoma, na noite deste domingo

Grupos de visitantes e estudiosos se reúnem no Forte de Copacabana para observar o eclipse total da lua, em que o astro ganha tons avermelhados, conhecido como Lua de Sangue.

No entendimento de astronomia, será um “belo e raro fenômeno” enfeitando o céu entre a noite deste domingo (15/05), a partir das 23h27, e o início da madrugada de segunda-feira (16/05). Por três horas, os brasileiros poderão ver uma Lua de Sangue “triplamente especial para o Brasil”, afirmou a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional. Esse evento lunar e celeste será bem visível de todas as partes do Brasil.

O eclipse da Lua deve durar pouco mais de três horas, encerrando-se às 2h55 de amanhã segunda-feira. “Mas o ponto máximo, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra será exatamente à 1h11, no horário de Brasília”, disse Josina à Agência Brasil. “Outra vantagem é que a Lua estará bem alta no céu, longe do horizonte, bem fácil de ser vista. Agora é torcer para que o tempo fique bom e não atrapalhe o espetáculo”.

“A grande vantagem desse eclipse, que chamo de triplo total, é que, além de ser um eclipse total da lua, será totalmente visível em todo o Brasil, de Norte a Sul; de Leste a Oeste. O Brasil inteiro verá o eclipse do início ao fim, em todas suas fases, na sequência penumbral, parcial, total, e depois retornando à parcial e à penumbral”, acrescentou a astrônoma. O próximo evento, desse tipo, só ocorre em junho de 2029.

Nesse caso, daqui a mais de sete anos, novamente todas as etapas poderão ser apreciadas de qualquer região, entre os dias 25 e 26 de junho. “Até lá, teremos vários eclipses parciais”, informou Josina. No dia de hoje, além do Brasil, terão o privilégio de observar a Lua de Sangue triplamente especial os demais países da América do Sul e da América Central. O fenômeno também será visível em parte da América do Norte, da Europa e da África.

Os eclipses lunares ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. Quando um corpo extenso, como o Sol, ilumina outro corpo extenso – no caso, a Terra –, ocorrem duas regiões de sombra: a penumbra e a umbra. Quando totalmente escura, sem nenhuma luminosidade, essa sombra é a umbra; quando recebe luz em alguns pontos, a sombra, um pouco mais clara, é a penumbra. Essa é a explicação técnica de astronomia sobre eclipses.

“Quando a Lua entra na sombra da penumbra, começa o eclipse penumbral; quando está totalmente na penumbra, é o eclipse penumbral. Quando começa a entrar na umbra, é o eclipse parcial. Quando a lua está totalmente mergulhada na umbra, é o eclipse total, e ela toma uma cor avermelhada belíssima. Por isso é chamada de Lua de Sangue”, complementou a astrônoma do Observatório Nacional.

Da redação com informações e imagem da Agência Brasil

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