Navegação no rio Iguaçu transportou pessoas e mercadorias, passando por SMS

 Navegação no rio Iguaçu transportou pessoas e mercadorias, passando por SMS

Ainda no século XIX, partindo de Porto União da Vitória, com o mito fundador da localidade Coronel Amazonas de Araújo Marcondes se inicia a navegação à vapor sobre o rio Iguaçu. No trajeto até o atual município de Porto Amazonas transportando pessoas e produtos, passando por São Mateus do Sul na hidrovia que funcionou entre 1882 e 1953 e foi desativada com o implemento de rodovias.

A professora, historiadora e escritora Hilda Jocele Digner Dalcomuni destaca esse início do transporte fluvial. “Em 1882 teve início a navegação à vapor no rio Iguaçu”, destaca, com o Coronel Amazonas. A embarcação Cruzeiro fez a 1ª viagem entre Porto Amazonas e União da Vitória (na época, Porto União da Vitória). Sendo essa hidrovia o canal para o escoamento, principalmente, da produção de madeira e erva-mate.

O escritor Arnoldo Monteiro Bach, autor do livro ‘Vapores’, descreve que essa embarcação veio do Rio de Janeiro até o Porto de Antonina. Ali teria sido desmontada e subiu a Serra do Mar pela Estrada da Graciosa, isso em durante quatro meses e em 11 carroções puxados por bois até Porto Amazonas. Ali o vapor Cruzeiro foi remontado novamente e colocado no leito da hidrovia para fazer sua 1ª viagem.

De Porto Amazonas se fazia a ligação com o litoral através da estrada de ferro da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina. Sendo a hidrovia crucial para a colonização dos campos de Palmas e Guarapuava, entre os anos de 1882 e 1953. A professora Hilda menciona que os vapores navegavam até onde hoje fica o município de Porto Vitória, percorrendo ainda pelos afluentes rios Negro, Timbó, Potinga e Canoinhas.

A historiadora e escritora ressalta a existência de vários vapores, ao longo de sete décadas. “O Cruzeiro, Visconde de Guarapuava, Iguaçu, Paranaguá, Vitória, Curitiba, Leão, Pery e tantos outros”, relembra Hilda Dalcomuni. “Eram transportados nos vapores, erva-mate, madeira, sal e diversos outros produtos. Também transporte de passageiros.” Num período que antecedeu as rodovias e passava por São Mateus do Sul.

A ampliação da circulação de mercadorias e passageiros, propiciada pelo funcionamento da hidrovia, também proporcionou o desenvolvimento social e cultural, local e regional e, consequentemente, a constituição do patrimônio cultural das cidades formadas ao longo do seu trajeto. É o que revela um estudo da professora Simone Koniski Guimaraes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Da redação com informações pesquisas em fontes históricas, entrevistas e livros e imagem do vapor Pery/ wikipedia.org

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