Adotar um animal é ganhar um amigo para vida toda

 Adotar um animal é ganhar um amigo para vida toda

ONG Pé-Pata trabalha em São João do Triunfo desde 2019.

No Cultura Sul Notícias desta quinta-feira (08/04), a entrevista do dia, foi com a presidente da Organização não governamental (ONG), Pé-Pata de proteção animal de São João do Triunfo, Francini Franco do Prado, que contou sobre como a organização surgiu, como ela se mantém, o foco de trabalho dos voluntários, sobre o amor aos animais e ainda sobre o trabalho em meio a pandemia.

Ela contou que a ideia da ONG surgiu em agosto de 2019, em uma conversa com amigos que também são apaixonados por animais. “Primeiramente nos reunimos em um grupo de WhatsApp, organizamos uma assembleia, onde foi criada a Pé-Pata com uma diretoria, foi aberto CNPJ, tudo bem certinho”, explicou. A ONG atualmente conta com 27 associados, que mensalmente colaboram com valores a partir de R$ 20,00 reais, desde o início dos trabalhos foram realizadas 28 castrações de fêmeas, 16 atendimentos de emergência (atropelamentos ou machucados, doentes), e foram encaminhados para adoção 46 animais (cães e gatos, machos e fêmeas).

Francini explicou, que o valor arrecadado mensalmente não é expressivo para realizar um trabalho amplo, com isso, decidiram que o foco da ONG seria a castração de fêmeas abandonadas que se encontram na rua ou domiciliadas, buscando diminuir o aumento descontrolado de ninhadas desses animais. “São em média castradas duas fêmeas por mês, mas depende do tamanho do animal, pois quanto maior, mais cara, com isso muitas vezes temos que passar um tempo sem realizar castrações”, relatou.

Para essas castrações ela contou que os animais são trazidos até São Mateus do Sul para passar pelo procedimento com clinicas parceiras, que ajudam dando desconto, pois sabem que os valores arrecadados não são grandes, e todo valor é angariado pelos voluntários da ONG e associados. Francini explicou, que após a castração, voluntários auxiliam na recuperação do animal, para que na sequência ele possa ser adotado. Ela frisou ainda, que a ONG não tem canil para a acomodação dos animais, que quando resgatados, ficam em lares temporários que normalmente é a casa de quem solicitou ajuda ao animal.

Em relação a resgate de animais, a presidente da Pé-Pata contou, que a ONG evita realizar esse trabalho, já que os valores disponíveis com as contribuições são disponíveis para as castrações. “Infelizmente não temos condições de espaço e nem de valores para comportar resgates, por isso não realizamos, buscamos sempre desenvolver parcerias e orientar para que as pessoas cuidem de seus animais, observar se o seu animal não tem problemas de saúde, pois em casos de negligências, se denunciado pode configurar maus tratos”, alertou Francini.

Em meio a pandemia muitos animais foram abandonados, e o trabalho da Pé-Pata também foi afetado, devido às restrições. “Recebemos algumas denúncias de maus tratos, mas devido o nosso número de voluntários ser pequeno, e por não termos lugares pra receber esses animais nosso trabalho ficou restrito. É importante que as pessoas denunciem, pode ser de forma anônima, através do 181, na policia militar para o caso de maus tratos pelo 190 ou ainda podem registrar um boletim de ocorrência na delegacia. Precisamos cuidar dos animais, quem puder recolher e ajudar um animal, faça, é gratificante”, complementou.

Meios de comunicação da Pé-Pata 

A ONG Pé-Pata não possuí número de telefone fixo, mas conta com página no Facebook (Animais São João do Triunfo), e uma conta no Instagram (@pe.pata.sjt), onde são postadas fotos e informações referentes aos animais que estão aptos para adoção e os interessados em adotar um cãozinho ou um gato podem entrar em contato por esses canais. A entrevista completa está disponível em podcast no final da matéria.

 

Da redação Cultura Sul com fotos do arquivo da Pé-Pata

 

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