Acordo comercial entre Mercosul e União Europeia deve favorecer valorização regional da erva-mate

 Acordo comercial entre Mercosul   e União Europeia deve favorecer   valorização regional da erva-mate

A erva-mate, com Indicação de Procedência (IP) de São Mateus do Sul, está na lista de produtos protegidos no acordo entre o Mercosul e União Europeia. São 36 elementos brasileiros que receberam reconhecimento de qualidade e, com a medida de proteção, fica impedida a reprodução deles que são típicos em determinadas localidades ou espaços delimitados. O reflexo esperado é de melhor valorização no mercado, frente à qualificação exposta.

“A erva-mate, para nós, tem um significado enorme. O fato de ter sido contemplado neste acordo do Mercosul”, comemora o presidente da Associação dos Amigos da Erva-Mate de São Mateus (IG-Mathe), Helinton (Ton) Lugarini. “A Europa é um mercado que nós queremos, nós sabemos que tem um potencial para vender com valor agregado”, frisa o representante da entidade que tem Indicação de Procedência (IP) e constituí a 1ª Indicação Geográfica (IG) para a erva-mate no Brasil.

“Ainda mais por ter sido reconhecida, a Indicação de Procedência [IP], por eles”, aponta Ton Lugarini. Apesar de a Europa ter foco maior direcionado na Indicação (denominação) de Origem, aceitaram a IP, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2017. Isso comprova a qualidade e serve para justificar o vínculo de um produto diferenciado com uma região distinta. “Ficamos muito honrados”, destaca.

Das pouco mais de 60 Indicações Geográficas (IGs) brasileiras, 36 entram no acordo comercial. “Mais um passo importantíssimo”, destaca o produtor e, também integrante da IG-Mathe, Ronaldo Toppel Filho. “O principal mercado consumidor, que entende de Indicação Geográfica, é o mercado europeu”, acrescenta. Com isso, a expectativa é de que haja melhor valor agregado ao produto erva-mate e o fomento se estenda para todo o setor ervateiro.

O acordo é de reciprocidade, de acordo com Ton Lugarini, que faz com que o Brasil, também, reconheça produtos com Indicação de Origem da Europa. O presidente ressaltou que esta iniciativa passou pelo crivo do Governo Federal, com representantes da União Europeia, sobre os controles de qualidade respaldados no INPI. “Participei, em Brasília, desta discussão defendendo nosso produto”, lembrou o representante da IG-Mathe.

Na conjuntura deste trabalho, da Associação e da cadeia produtiva regional, o deputado estadual Emerson Bacil também defendeu a medida de proteção ao produto erva-mate, neste acordo sulamericano com a Europa. Isso diante dos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, na Capital Federal, junto da Frente Parlamentar da Agricultura com a deputada federal Aline Sleutjes. “A erva-mate sombreada é um produto fundamental na nossa economia e carece respaldo e apoio político. É uma das bandeiras do meu trabalho”, salienta o parlamentar.

Emerson Bacil preside o Bloco Parlamentar da Erva-Mate no estado do Paraná e, segundo o presidente da IG-Mathe, o setor ervateiro necessita deste trabalho político, com ações sólidas que levam a resultados positivos para o desenvolvimento da cadeia produtiva como um todo, para além até da erva-mate com Indicação Geográfica. Não ficando apenas na publicidade, mas sendo implementada na prática efetiva. “Vem de encontro ao que o setor precisa”, disse. “Ele [Emerson Bacil] tem o dever e a obrigação e está fazendo isso muito bem feito”, analisa – relacionando ao fato de que o deputado é da região e tem reafirmado este compromisso com o desenvolvimento regional.

Da redação com informações da IG-Mathe e assessoria e fotos de arquivo Portal e Ton Lugarini.

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