Saúde reforça importância da vacinação contra a febre amarela

 Saúde reforça importância da vacinação contra a febre amarela

A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou nesta quarta-feira (13) o boletim quinzenal da febre amarela e, além dos dados de monitoramento, destaca a importância da vacinação contra a doença.

O secretário Beto Preto lembra que ainda persiste o período sazonal da doença e há presença do vírus circulando no Estado. “Por isso, o alerta para os gestores de saúde e também para a população sobre a necessidade da imunização contra a doença”, afirma ele.

“Felizmente, ainda não registramos casos em humanos neste período epidemiológico, mas prevalece a indicação da vacina como forma de prevenção”, disse 

Os dados do boletim mostram que o vírus da febre amarela mantém circulação nas áreas de matas e zona rural, situação confirmada por mortes de macacos (epizootias) registradas: são 287 ocorrências neste informe, 27 a mais que o anterior.

SENTINELA – As epizootias confirmam as mortes de macacos por contaminação. Os animais são picados pelo mosquito transmissor, ficam infectados e morrem. O macaco, principal hospedeiro e vítima da febre amarela, funciona como sentinela, indicando o local e regiões onde o vírus está presente.

O boletim atual confirma que as 27 novas epizootias ocorreram nos municípios de Cruz Machado (7), Mallet (6), Paula Freitas (3), Bituruna (3), União da Vitória (2), Agudos do Sul (1), Araucária (1), Balsa Nova (1), Porto Vitória (1), Piên (1), e São Mateus do Sul (1).

São 43 municípios com circulação viral confirmados pelo informe. A cidade de Porto Vitória confirmou circulação a partir deste boletim, com um caso de morte de macaco.

Das 22 Regionais de Saúde do Estado, 21 apresentam notificações para epizootias. No total são 880 registros neste período, distribuídos em 87 municípios.

CIRCULAÇÃO – A Vigilância Ambiental mantém o monitoramento das epizootias com o objetivo de verificar a possibilidade de entrada do vírus nas áreas urbanas. “Com esta vigilância constante conseguimos antecipar a ocorrência da doença, por isso os macacos são importantes sinalizadores”, explica Emanuelle Pouzato, chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Secretaria da Saúde.

“Onde encontramos macacos contaminados pela febre amarela, indicamos a intervenção oportuna para evitar casos humanos com a vacinação”, afirma a técnica. “Assim também evitamos a urbanização da doença”, complementa.

VACINA – De janeiro até agora foram aplicadas cerca de 270 mil doses da vacina no Paraná. A vacina da febre amarela está disponível em todo o Estado e, neste momento de pandemia do coronavírus, a Secretaria da Saúde recomenda às secretarias municipais, principalmente das regiões afetadas com epizootias, que promovam a imunização em locais amplos e arejados e que realizem parcerias com empresas e instituições para esta atividade.

A faixa etária do público-alvo para receber a dose é formada por pessoas a partir de nove meses a 59 anos 11 meses e 29 dias, que não tenham comprovação de vacinação. A partir de janeiro deste ano o Ministério da Saúde recomenda dose de reforço da vacina aos 4 anos de idade.

AEN

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