No Paraná, 206 municípios estão em situação de alerta ou risco para dengue, zika e chikungunya

No estado do Paraná, 206 cidades estão em situação de alerta ou risco de surto de dengue, zika e chikungunya, de acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. Desse total, 154 estão em alerta e 52 em risco de surto das doenças. Outras 176 estão em situação satisfatória e três municípios utilizaram armadilha, metodologia utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente. A capital do estado, Curitiba, está em situação satisfatória. No Paraná, a maior parte dos criadouros foi encontrada em depósito de lixo (2.415), seguida de depósitos domiciliares (1.721) e água (821).

Nesta quarta-feira (12), em Brasília (DF), o presidente Michel Temer e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, entregaram mil caminhonetes para diferentes regiões do país, como força efetiva no combate ao mosquito, no atual cenário de risco dos municípios, em relação ao mosquito Aedes aegypti. Ao todo, o Ministério da Saúde investiu R$ 109,4 milhões na aquisição dos veículos.  Com essas caminhonetes os estados e municípios podem acoplar os equipamentos de fumacê para ações locais. Na ocasião, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, apresentou os dados do LIRAa e lançou o Sistema Integrado de Controle de Vetores (SIVector), que substituirá o Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue (SISPNCD) com informações georreferenciadas para o controle do Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Todas as capitais do país realizaram um dos monitoramentos de mosquito: 25 realizaram o LIRAa; e duas, armadilhas. Estão com índices satisfatórios os municípios de Curitiba (PR), Teresina (PI), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Macapá (AP), Maceió (AL), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE). As capitais com índices em estado de alerta são: Manaus (AM), Belo Horizonte (MG) Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), São Luís (MA), Belém (PA), Vitória (ES), Salvador (BA), Porto Velho (RO), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS).

Já as capitais Palmas (TO), Boa Vista (RR) Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC) estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya por apresentarem Índice de Infestação Predial (IIP) igual ou superior a 4%. As capitais Natal (RN) e Porto Alegre (RS) fizeram o levantamento por armadilha. Todas as formas de coleta de dados ocorreram no período de outubro e novembro deste ano.

DADOS NACIONAIS 
Em todo o país, 5.358 municípios, 96,2% da totalidade de cidades, realizaram algum tipo de monitoramento do mosquito transmissor dessas doenças, sendo 5.013 por levantamento de infestação (LIRAa/LIA) e 345 por armadilha. A metodologia armadilha é utilizada quando a infestação do mosquito é muito baixa ou inexistente.

O Ministério da Saúde recomenda aos municípios que realizem ao menos quatro vezes ao ano o LIRAa. Em janeiro de 2017, a pasta publicou Resolução nº 12 que torna obrigatório o levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti pelos municípios e o envio da informação para as Secretarias Estaduais de Saúde e destas, para o Ministério da Saúde. A realização do levantamento está atrelada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra que é utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
DENGUE – Até 10 de novembro, foram notificados 228.042 casos de dengue em todo o país, um pequeno aumento em relação ao mesmo período de 2017 (226.675). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 109,4 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 173 mortes em 2017 para 136 neste ano.

CHIKUNGUNYA – Até 10 de novembro, foram notificados 82.382 casos de chikungunya em todo o país, redução de 55% em relação ao mesmo período de 2017 (183.281). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 39,5 casos/100 mil habitantes. Em comparação ao número de óbitos, a queda é de 81% em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de 189 mortes em 2017 para 35 neste ano.

ZIKA – Até 10 de novembro, foram notificados 7.544 casos de zika em todo o país, redução de 54% em relação ao mesmo período de 2017 (16.616). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 3,6 casos/100 mil habitantes. Neste ano, foram dois óbitos por Zika.

 

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